Artur Jorge, treinador do Sp. Braga, em declarações aos jornalistas após o jogo com o Sporting para a Taça da Liga no Estádio José Alvalade:

«A análise é mais simples do que gerir aquilo que foi a nossa exibição. Assenta na nossa pobre primeira parte, e particular nos primeiros 20 minutos em que cometemos demasiados erros. Fomos pouco agressivos na abordagem desde o primeiro minuto e com isso permitimos que o Sporting se pusesse em vantagem, confortável com o resultado e nos fosse aos poucos afastando da discussão pelo resultado.»

[Como se explica a primeira parte?]

«Sofrer um golo logo no primeiro minuto pouco tem a falar sobre plano de jogo. É prematuro falar sobre isso. É demasiado prematuro para que se possa falar sobre isso. Não tivemos uma primeira parte com a qual nos possamos identificar daquilo que é ser Braga. É uma primeira parte que nos envergonha a todos pelo que fizemos, porque foi de facto muito pouco para aquilo que deveria ter sido feito.»

[Que impacto pode ter esta derrota para o jogo com o Benfica dentro de alguns dias?]

«O impacto temos de o reduzir e minimizar de forma a que possamos pensar que foi um dia mau para não criar alarmes e para estarmos preparados para dar resposta e voltarmos a ser iguais a nós próprios já no próximo jogo.»

[Que diferenças nota no Sporting desde o 3-3 em Braga no arranque da época?]

«Nenhuma. A minha competência é avaliar o trabalho do Sp. Braga.»

[Desafio ao intervalo era mais o levantar animicamente a equipa, mas o que se diz a uma equipa que ao intervalo está a perder 5-0 com um adversário contra o qual já se jogou de igual para igual nesta época?]

«Eu diria mesmo que foi o pior intervalo que tive na minha carreira, porque de facto é muito difícil, com aquele resultado, apelar aos jogadores, emocionalmente quebrados também, que joguem não só pelo respeito por nós próprios, mas também pelos adeptos. Tínhamos de ter honra na forma como perdemos. Era importante dar uma resposta melhor, diferente e mais capaz, de forma a que a equipa se unisse um pouco mais de forma a minimizar a nossa primeira parte que não foi, de todo, o que queríamos.»

[Pior dia da sua carreira como treinador?]

«Em termos de resultado, sim. Primeiro, porque tínhamos a expectativa de disputar a eliminatória. Era um jogo a eliminar e que tem consequências imediatas na nossa continuidade na prova. Queríamos estar na final-four, mas não fomos capazes de disputar, perante um Sporting forte, o resultado.»

[Já falou com o presidente António Salvador?]

«A conversa é a que tenho em todos os finais de jogos. Cumprimentamo-nos, conversar e fazemos uma pequena análise do desempenho e do resultado.»