No dia em que a Comissão Arbitral Paritária se reúne e terá o processo de Bruma em cima da mesa, Bruno de Carvalho dá uma entrevista ao jornal A Bola na qual mostra confiança em ver ser-lhe dada razão. «Derrota do Sporting seria a derrota do futebol», sublinha.

Questionado de resto sobre se não tem receio de ver Bruma ir parar a um rival - F.C. Porto e Benfica - Bruno de Carvalho admite que «existe um sentimento generalizado de que por detrás de todo este processo estará algum clube, com apoio de algum agente/fundo, a patrocinar toda esta atuação.»

«A mentira tem perna curta e no final, caso o futebol perca este processo, poderemos todos tirar as nossas ilações e perceber quem foram os maestros de tudo isto», acrescentou.

O presidente do Sporting acrescenta que «por um lado até era bom começar a ser público quem é capaz de atuações deste tipo, que deveriam ser consideradas crime, de uma vez por todas, e ter consequências desportivas e cíveis», mas por outro lado tem «a confiança que a CAP saberá decidir em conformidade com a verdade e com os interesses do futebol, dos clubes e dos atletas».

«O querer lucrar a todo o custo não é fazer parte do futebol é querer aproveitar as lacunas do futebol e lucrar de forma fácil e desonesta com o mesmo.»

«Ao Sporting nestes cinco meses foi-nos oferecido o Oblak e o Atsu e neguei determinantemente, sem sequer qualquer contacto adicional sobre o assunto. Cada um de nós age conforme o seu caráter, educação e consoante aquilo que acredita ser o melhor para a indústria do futebol.»

Na mesma entrevista, Bruno de Carvalho foi questionado relativamente ao acordo verbal falado por Godinho Lopes para a renovação com Bruma. O atual presidente leonino revelou que havia, sim, «uma proposta aceite por todas as partes em dezembro que a atual direção não assinou», tendo justificado, acrescenta, «falta de condições financeiras».