A principal nota de destaque do primeiro terço da Liga 2013/14, que ficou fechado no passado fim de semana, é um Sporting mais forte, em linha com os rivais. Muito melhor do que na época passada, a pior da história do clube, mas também acima do registo dos últimos anos.

Desde 2006/07, temporada em que a Liga passou a ter dezasseis equipas, os «leões» nunca conseguiram fazer mais do que 23 pontos no primeiro terço, o registo atual. Mas em duas ocasiões alcançaram precisamente essa marca: 2006/07 e 2011/12.

Curiosamente, em ambos os casos o Sporting quebrou logo a seguir. Em 2006/07, com Paulo Bento, somou quatro empates e uma vitória entre a 15ª e a 20ª jornada. Na época 2011/12, com Domingos no banco, não foi além de três empates e uma derrota entre as rondas 13 e 16.

Em todo o caso este Sporting de Leonardo Jardim está com um registo bem acima do que tem sido habitual em campeonatos com dezasseis equipas. Está com outra pedalada, alcançada a primeira meta volante. A média de pontos da equipa leonina no primeiro terço, desde 2006/07, é de 18 pontos. Nesta altura está com 23, ou seja mais cinco. E mais do que o dobro do que tinha em 2012/13 (onze).

FC Porto e Benfica têm menos pontos do que tinham há um ano, mas na verdade estão acima da média de pontos no primeiro terço. Ligeiramente acima, tendo em conta que têm um ponto a mais. Os «dragões» têm uma média de 23 pontos, enquanto o Benfica tem um registo habitual de 22.

Em Barcelos sobe-se a fasquia

Se o Sporting é a equipa que apresenta maior diferença positiva para a média habitual de pontos no primeiro terço (mais cinco), logo a seguir surge o sensacional Gil Vicente.

É verdade que o emblema de Barcelos só participou nas três últimas edições da Liga, desde que a prova tem dezasseis equipas, mas tinha feito 11 e 10 pontos antes, e agora está com 17.

O Estoril vai apenas na segunda época neste formato, mas merece destaque por ter mais cinco pontos do que tinha na 10ª jornada de 2012/13.

O Rio Ave tem menos quatro pontos do que há um ano, mas ainda assim está acima do registo habitual: 13 pontos, quando a média é 11.

O empate alcançado no Dragão coloca o Nacional um ponto acima do registo médio, tal como a Académica, depois da vitória no Algarve. Vitória de Guimarães e Vitória de Setúbal estão com uma pontuação equivalente à média (13 e 12 pontos, respetivamente), assim como o Belenenses (9).


A quebra de Sp. Braga e Marítimo

Entre as equipas que fizeram um primeiro terço abaixo do habitual, o principal destaque vai para o Sp. Braga. Com 12 pontos somados a equipa «arsenalista» apresenta o pior registo em oito épocas com dezasseis equipas. A média do Sp. Braga é de 17 pontos.

Logo a seguir surge o Marítimo, que tem os mesmos dez pontos com que fechou o primeiro terço da época anterior, mas que está claramente abaixo do que é habitual, já que a média é de 14.

O «lanterna vermelha» Arouca não entra nestas contas, uma vez que cumpre a época de estreia no principal escalão, mas Paços de Ferreira e Olhanense, as equipas que estão logo acima na tabela classificativa, apresentam registos negativos.

Os «castores» têm menos sete pontos do que tinham há um ano, e menos dois em relação à média, que é de 10 pontos. Em situação idêntica está a formação algarvia, que soma nove pontos por esta altura, quando a média é de onze.

Comparação dos pontos no final do primeiro terço da Liga, desde que a prova tem 16 equipas: