Sporting-Sp. Braga, 2-1 (destaques)

FIGURA

Slimani Nunca tinha marcado como titular, e pareceu muito tempo destinado a manter esse enguiço, desperdiçando três boas ocasiões antes do intervalo. Mas foi o espelho da transformação da equipa: se esses lances lhe sublinharam os defeitos, o resto do tempo acabou por valorizar-lhe as qualidades, em especial a persistência, que se traduz no dom de ser chato para qualquer defesa, mesmo quando as coisas não lhe correm bem. Acabou por ficar diretamente ligado à sexta reviravolta da temporada, com o passe que originou o penálti sobre Mané e o remate de primeira para o 2-1, logo depois. Ainda ofereceu o 3-1 a Vítor, mas este imitou o Slimani da primeira parte.

Positivo

Mané
Responsável pelas melhores acelerações do Sporting na primeira parte, aproveitou a injeção de confiança dos últimos jogos e mereceu a ovação prolongada no momento da saída. Influente no flanco direito, arrancou o penálti da reviravolta e manteve o bom rendimento numa posição mais central, fazendo o papel que cabe a Montero quando tem Slimani em campo. Com mais jogos assim, a seleção começa a parecer um destino natural.

Rafa
Outro caso de moralização evidente, reforçada com a chamada à seleção. Em especial na primeira parte, colado à esquerda, criou problemas sérios a Cédric, e acabou por merecer a sorte que teve no lance do golo, beneficiando de carambola em triplicado.

Negativo

Magrão e André Martins
A vigilância apertada de Alan a William Carvalho aumentava as responsabilidades dos outros dois médios como contrutores de jogo, mas nem um nem outro foram capazes de disfarçar o vazio deixado pela ausência de Adrien. Só a partir dos 55 minutos, altura em que, com linhas mais espaçadas e um Alan menos intenso, William começou a ter mais espaço para pesar no jogo (e como pesou!) o Sporting voltou a mandar no meio-campo e a sair com lucidez.

Sasso
Dabó estava a ser uma agradável confirmação na defesa do Sp. Braga, mas o amarelo evitável que viu aos 53 minutos tornou-o um fator de risco, em especial depois da entrada de Capel. Paixão quis antecipar o problema e trocou-o pelo francês que, apenas dois minutos depois de entrar, iniciou o descalabro defensivo minhoto, com uma entrada imprudente às pernas de Mané.