A direção do Sporting considera que a marcação de uma Assembleia Geral extraordinária viola os estatutos do clube e pediu um parecer, com carácter de urgência, ao Conselho Fiscal e Disciplinar.
Numa carta enviada às redações, o Conselho Diretivo do Sporting denuncia «uma posição parcial, não isenta, na linha de outras publicamente assumidas por membros da Mesa da Assembleia-Geral, inquestionavelmente colados a um ex-candidato», acrescentando que este órgão social «deve ter independência e equidistância para com todos os sócios do Sporting Clube de Portugal».
Assembleia-Geral marcada em trinta dias
Leia o comunicado na íntegra:
O Comunicado hoje divulgado pela Mesa da Assembleia Geral consubstancia uma atitude que, no entender do Conselho Directivo do Sporting Clube de Portugal, viola claramente o que está estatutariamente definido para a convocatória de uma Assembleia Geral Extraordinária.
Consequentemente, esta atitude configura, no entender do Conselho Directivo do Sporting Clube de Portugal, uma posição parcial, não isenta, na linha de outras publicamente assumidas por membros da Mesa da Assembleia Geral, inquestionavelmente colados a um ex-candidato. A Mesa da Assembleia Geral deve ter independência e equidistância para com todos os sócios do Sporting Clube de Portugal.
De todos os pressupostos exigíveis para a marcação de uma Assembleia Geral com estas características não há um só que se verifique: justa causa, pagamento do custo integral da sua realização e verificação de toda a documentação. Esta violação dos estatutos e da lei não deixará de merecer a resposta adequada.
Os valores de transparência, isenção, imparcialidade, independência, solidariedade institucional, que deveriam ser apanágio da MAG são mais uma vez colocados em causa, mostrando-se indiferente ao actual momento próprio para transferência de jogadores, a uma necessária, histórica e decisiva reestruturação financeira do Clube e da Sporting SAD, a uma Campanha de Sócios e recuperação da equipa principal de futebol sob o comando do prof. Jesualdo Ferreira.
Esta indiferença da MAG chega ao ponto de, desde que a equipa está a ganhar, ter faltado a todos os jogos, numa clara manifestação de alheamento e incómodo face à evidente recuperação da equipa.
O Conselho Directivo solicitou, com carácter de urgência, ao Conselho Fiscal e Disciplinar um parecer sobre os factos em apreço, aguardando serenamente a sua divulgação.
O Conselho Directivo do Sporting Clube de Portugal tem como dever zelar e proteger o Clube, seja de quem for. E garante a todos os sócios e adeptos que, com elevado sentido de responsabilidade, continuará a assegurar a estabilidade e o regular governo e funcionamento do clube em todas as suas vertentes.
Apelamos a todos os sócios, adeptos, funcionários e atletas do Sporting Clube de Portugal para que mantenham a serenidade que se impõe e para que continuem a apoiar as equipas do nosso Clube.