Na antevisão ao jogo com o Benfica, Paulo Alves foi questionado sobre os momentos de Sporting e Benfica. O treinador do Olhanense vê a equipa leonina como mais equilibrada, mas destacou o «temível» ataque dos encarnados.

«O Sporting é uma equipa muito consistente. Em termos ofensivos, acredito que o Benfica tenha mais pendor. Mas, normalmente, as equipas são definidas pelo seu equilíbrio, defensivo e ofensivo. O Sporting, neste momento, é uma equipa mais equilibrada, mas o Benfica é temível no aspeto ofensivo», comentou.

«Tirando alguns jovens com potencial mas ainda a adaptarem-se, será praticamente a mesma equipa, com um contorno diferente na estrutura, num ou noutro jogo, mas isso é relativo. É um grande clube, uma grande equipa, com grandes jogadores, e um treinador super-exigente», acrescentou sobre os encarnados.

«O Benfica é sempre o Benfica e temos de ter todas as cautelas. Pelo jogo que é, isso acarreta um fator motivacional diferente dos outros jogos, e é isso que temos de aproveitar. Espero um Benfica muito motivado, que quer reagir ao empate com o Arouca e à saída da Liga dos Campeões, embora vindo de um grande jogo e de uma belíssima exibição. Isso tornará, para nós, um jogo complicado e difícil», argumentou Paulo Alves.

Assim, como é que o Olhanense poderá parar o ataque do Benfica?

«Com atitude e determinação. Faz parte do nosso trabalho passar aos jogadores toda a informação relativa às características dos adversários, individual e coletivamente. Temos de ser uma equipa unida, com atitude, entrega e entreajuda, porque se não as tivermos, será muito complicado», apontou o técnico dos algarvios.

A ausência de Cardozo não facilitará a vida ao Olhanense, «nem mais fácil, nem mais difícil», considerou Paulo Alves, mesmo que reconheça que o paraguaio «é um jogador com uma veia goleadora muito grande» o que acarreta muitas dificuldades.

«Mas estarão outros jogadores, com a mesma valia. São jogadores fortíssimos. Com ou sem Cardozo, os problemas serão semelhantes», opinou.

Esta época, o Olhanense tem tido muitas expulsões. O treinador sublinhou esse mesmo facto.
«Terminámos na Madeira, em Braga, e contra o Rio Ave, com dez jogadores, e em nenhum caso foram situações de agressão ou violência gratuita. São sobretudo entradas fora de tempo. Em Braga, parece notório que houve exagero, mas aceito, porque falei com o Artur Soares Dias e os árbitros, esta época, estão mais rigorosos nesse aspeto», revelou.

«Se calhar, vamos pensar que é coincidência. Mas, às equipas na mó de baixo parece que tudo acontece e, se calhar, é um pouco isso. Preocupar-me-ia se fosse violência gratuita, de ser mal educado com os árbitros. Não é esse o caso, nos três jogos. No último jogo fomos penalizados por isso em termos de resultado, mas são situações normais. É uma coincidência, não mais do que isso», concluiu.