A reunião da direcção da Liga de clubes, nesta terça-feira, terminou com a garantia de que Sporting e Marítimo, dois clubes que têm manifestado várias críticas, se mantêm empenhados no órgão dirigente dos campeonatos profissionais.
Os leões vão mesmo presidir, através do seu representante Rogério de Brito, a uma nova comissão nomeada para proceder à revisão dos estatutos, que integra ainda Fátima, Académica, E. Amadora e Belenenses.
«As críticas do Sporting à arbitragem são uma coisa e devem ser tratadas junto das entidades próprias, mas na direcção da Liga não devemos falar sobre casos de arbitragem», defendeu Rogério de Brito, acrescentando que na reunião o assunto não foi tema prioritário: «Falou-se sobre a arbitragem em geral, mas não em casos concretos. O Sporting continua empenhado em dar o seu contributo à direcção da Liga de clubes. Aliás, o facto de assumir a coordenção de um novo grupo de trabalho demonstra isso mesmo.»
Carlos Pereira, presidente do Marítimo, tinha-se manifestado crítico, nomeadamente depois da aproximação do Nacional. O clube presidido por Rui Alves tinha contestado em tribunal a nova direcção, mas retirou a queixa, tendo formalizado a reconciliação num encontro na Madeira entre Hermínio Loureiro e Rui Alves. «Em boa hora o fez, porque a queixa nunca devia ter existido. Não fiquei melindrado com a aproximação do Nacional à Liga, só não gostei da forma e do momento escolhido», explicou Carlos Pereira.
O representante do emblema insular comentou ainda as recorrentes críticas à arbitragem e as ausências de Boavista e Leixões, clubes com assento na direcção da Liga Portuguesa de Futebol Profissional: «Penso que a direcção da Liga saiu muito reforçada com os esclarecimentos de hoje. É importante que se explique que a direcção não vem cá para discutir questões de arbitragem.»