E a verdade é que lidera com justiça. Fez pela vida e está a seguir o seu caminho. A equipa apresenta-se competitiva e equilibrada, consistente e ambiciosa e sem oscilações nas suas exibições. Não ganhou nada até ao momento, é certo, mas está a ganhar o respeito de todos e isso é importante nos confrontos.
Mas a pergunta que se faz já há algum tempo, face ao comportamento e resultados que tem feito, é se o Sporting é candidato.
Já aqui escrevi em artigos anteriores sobre o Sporting e o pensamento é o mesmo. A equipa está a ser reconstruída e o clube a ser reorganizado e estruturado. Face ao passado recente, o Sporting está muito melhor, conforme os factos que referi no artigo da semana passada.
A equipa funciona, apresenta-se organizada e com ideia clara de jogo. A qualidade do seu jogo tem sido traduzida em vitórias e a confiança cresce e tudo parece mais simples. Os adeptos estão entusiasmados, acreditam e empurram a equipa para as vitórias. Aos jogadores compete-lhes jogar cada jogo com a competitividade, entrega e ambição que demonstram.
O Sporting tem sido constante no rendimento, e o mérito é de Leonardo Jardim que construiu uma equipa solidária e com um objectivo claro. Os jogadores têm sabido interpretar as suas ideias e os resultados são os que temos visto.
Haverá uma altura, se o caminho se mantiver, que o Sporting terá de assumir e acredito que Leonardo Jardim dirá de sua justiça. Até lá, manter a equipa concentrada, focada na tarefa imediata e com o discurso coerente que tem mantido. Faltam vários meses e em 18 jogos muita coisa pode acontecer.
Como nota final, os números reflectem isto mesmo. A caminho do final da primeira volta, e já com os jogos grandes realizados (perdeu e empatou), apenas tem o empate em casa com o Rio Ave como surpresa.
Os 30 golos marcados e 9 sofridos são muito bons.
E esta é a diferença para os adversários.
O Porto tem tido irregularidade exibicional (apesar da vitória, o último jogo é bom exemplo disso mesmo) e os resultados demonstram-no. Falta o jogo na Luz. No confronto com o Sporting saiu vitorioso, mas a perda de nove pontos (sete deles seguidos) com adversários inferiores diz bem do posicionamento actual.
O Benfica empatou em Alvalade, ainda recebe o Porto. Os dois empates em casa e a derrota na Madeira revelam a inconsistência e alguma incapacidade, o que penaliza a equipa.
Atrás de Porto e Benfica surge, surpreendentemente ou não o
Estoril, que tem menos sete pontos, mas apenas menos um golo marcado (tem 21). Bom registo e por isso é imperioso falar do Estoril e mais uma vez do trabalho de Marco Silva e dos seus jogadores.
A liderar o Estoril vai para a terceira época, o treinador teve de reconstruir e reorganizar a equipa. O bom desempenho colectivo da época passada fez com que vários jogadores saíssem. É sempre assim. Quando existe sucesso desportivo é normal que a procura pelos jogadores aumente e naturalmente clubes como o Estoril têm de voltar a reconstruir a equipa.
O Marco Silva esteve no final da época passada no «Maisfutebol», na TVI24, e falámos sobre o sucesso alcançado e as dificuldades que iria ter no futuro. Presença na Liga Europa, mais jogos, novos jogadores e as expectativas que iriam colocar sobre a equipa.
Disse na altura que face a tudo isto não se poderia ter mais expectativas do que aquelas que tinham sido as iniciais da época 2012/13. Marco concordou e sabia que era importante escolher bem os jogadores e prepará-los para novos desafios. Está a conseguir. Hoje, e apesar de ter nesta altura mais nove jogos (Liga Europa) do que a maioria das equipas da Primeira Liga, tem tido um excelente comportamento.
Fazendo uma comparação com a mesma altura da época passada, verificamos o seguinte: tinha 4V/3E/5D e 18 golos marcados e 17 sofridos e estava em 6º lugar com 15 pontos. Este ano tem 6V/2E/4D e 21 golos marcados e 16 sofridos e leva já 20 pontos.
Melhor em todos os aspectos.
O Estoril viu sair a sua dupla de centrais, mais Jefferson, Carlos Eduardo e Licá, mas a meu ver não ficou a perder com as entradas de Ruben Fernandes, Babanco, Filipe Gonçalves e Sebá, entre outros. O resto tem a ver com trabalho e as orientações de Marco Silva e a capacidade para serem uma equipa com princípios definidos, organizada e sempre com o objectivo de vencer.
Para isso, a equipa tem elementos chaves. Vagner dá segurança e comanda uma defesa que na zona central vai rodando entre Yohan Tavares, Bruno Miguel e Ruben Fernandes com bom rendimento.
No meio Gonçalo é o ponto de equilíbrio da equipa. Discreto mas importante. Bem posicionado e com uma boa leitura do momento da equipa. Seja no início de construção, no momento das transições rápidas e de um jogo por vezes partido, Gonçalo sabe o que fazer e isso reflecte-se na equipa.
Evandro pensa o jogo da equipa e toda ela anda ao seu ritmo. Os seus cinco golos aumentam o valor.
Filipe Gonçalves chegou esta época e entrou bem na equipa. Joga bem e tem sido um bom complemento dos outros dois.
Na frente é a movimentação, os desequilíbrios e a velocidade, usada por todos os jogadores para fazerem a diferença. Luís Leal e Sebá são os elementos mais em destaque.
Com tudo isto, Marco Silva soube ser capaz de olhar para o que perdeu, escolher bem e depois colocar novamente, a equipa no trilho certo. Nesta altura, como vimos acima, melhor e mais capaz. Veremos daqui para a frente.
O Marco Silva esteve no final da época passada no «Maisfutebol», na TVI24, e falámos sobre o sucesso alcançado e as dificuldades que iria ter no futuro. Presença na Liga Europa, mais jogos, novos jogadores e as expectativas que iriam colocar sobre a equipa.
Disse na altura que face a tudo isto não se poderia ter mais expectativas do que aquelas que tinham sido as iniciais da época 2012/13. Marco concordou e sabia que era importante escolher bem os jogadores e prepará-los para novos desafios. Está a conseguir. Hoje, e apesar de ter nesta altura mais nove jogos (Liga Europa) do que a maioria das equipas da Primeira Liga, tem tido um excelente comportamento.
Fazendo uma comparação com a mesma altura da época passada, verificamos o seguinte: tinha 4V/3E/5D e 18 golos marcados e 17 sofridos e estava em 6º lugar com 15 pontos. Este ano tem 6V/2E/4D e 21 golos marcados e 16 sofridos e leva já 20 pontos.
Melhor em todos os aspectos.
O Estoril viu sair a sua dupla de centrais, mais Jefferson, Carlos Eduardo e Licá, mas a meu ver não ficou a perder com as entradas de Ruben Fernandes, Babanco, Filipe Gonçalves e Sebá, entre outros. O resto tem a ver com trabalho e as orientações de Marco Silva e a capacidade para serem uma equipa com princípios definidos, organizada e sempre com o objectivo de vencer.
Para isso, a equipa tem elementos chaves. Vagner dá segurança e comanda uma defesa que na zona central vai rodando entre Yohan Tavares, Bruno Miguel e Ruben Fernandes com bom rendimento.
No meio Gonçalo é o ponto de equilíbrio da equipa. Discreto mas importante. Bem posicionado e com uma boa leitura do momento da equipa. Seja no início de construção, no momento das transições rápidas e de um jogo por vezes partido, Gonçalo sabe o que fazer e isso reflecte-se na equipa.
Evandro pensa o jogo da equipa e toda ela anda ao seu ritmo. Os seus cinco golos aumentam o valor.
Filipe Gonçalves chegou esta época e entrou bem na equipa. Joga bem e tem sido um bom complemento dos outros dois.
Na frente é a movimentação, os desequilíbrios e a velocidade, usada por todos os jogadores para fazerem a diferença. Luís Leal e Sebá são os elementos mais em destaque.
Com tudo isto, Marco Silva soube ser capaz de olhar para o que perdeu, escolher bem e depois colocar novamente, a equipa no trilho certo. Nesta altura, como vimos acima, melhor e mais capaz. Veremos daqui para a frente.