Jogadores, treinadores e responsáveis do Sporting passaram um mau bocado, esta noite, no final do encontro com o Nacional em Alvalade. Vários adeptos fizeram questão de manifestar a revolta da pior forma, com insultos e vaias a tudo o que era elemento ligado ao clube. Dentro e fora do estádio.
Nas bancadas as assobiadelas a qualquer gesto de José Peseiro, já para não referenciar os insultos vindos de uma claque, foram mais do que muitas durante todo o jogo. De resto, desde os seis minutos que a coisa ficou complicada, e apesar de um bom momento da exibição leonina, os assobios nunca desapareceram por completo.
Intensificaram-se mais quando Douala foi substituído ou quando Moutinho saiu do campo. Ou mesmo no final do encontro, quando o treinador principal saiu do campo. Mas depois do apito final do árbitro António Costa, que também não ouviu poucas, os adeptos quiseram chegar mais perto de jogadores e treinadores.
Cerca de meia centena de adeptos deslocaram-se pela rampa de acesso à garagem onde os futebolistas e dirigentes colocam os carros durante os jogos. Apenas a pronta intervenção de vários stewards e polícias impediu algo de pior. Mesmo assim, ficaram os insultos que jogadores e técnico tiveram de ouvir, num momento de todo desagradável.
José Peseiro e Carlos Freitas foram dos que mais ouviram e mesmo cerca de uma hora e meia depois do jogo ter acabado existiam adeptos que se manifestavam. Nas imediações do estádio, já da parte de fora, a coisa também não foi pacífica. Valeram algumas grades e a actuação da polícia de choque para que os adeptos não conseguissem atingir os objectivos. A confusão foi passando, à medida que as buzinas da festa do Benfica se foram ouvindo com mais frequência. Tudo ficou mais calmo. Mas Alvalade guarda mais uma triste despedida.