Foi com tranquilidade que o Sporting garantiu a passagem à V eliminatória da Taça de Portugal. Uma vitória por 4-0 iniciada logo aos quatro minutos de jogo foi o melhor que podia ter acontecido a uma equipa que não vencia há cinco jogos.
Até que ponto esta tranquilidade hoje tocada vai começar a sobrepor-se à crise de resultados do último mês de Novembro até agora saber-se-á melhor já na próxima quarta-feira frente ao D. Kiev. Mas hoje, de facto, a equipa leonina fez o que tinha a fazer e conseguiu o resultado que os adeptos exigem.
Nem todos com o mesmo grau de satisfação, obviamente, e até pelo que se viu esta sábado em Alvalade - na pior «casa» da época, as claques do topo Sul fizeram uma espécie de «greve» e só entraram (não muitos) na segunda parte para fazerem muitos protestos -, mas, com os que mostraram apoio desde o primeiro minuto (neste quadro de pouco público em todo o estádio), os jogadores estiveram em sintonia.
Com pouca gente, mas ambiente favorável, o Sporting entrou bem no jogo e marcou também logo fruto da supremacia assumida pelos dois lados e posta em campo com resultados. Sem o «castigado» Liedson, Purovic acabou por ser o (único) ponta-de-lança de serviço de um onze (em que Paulo Bento praticamente não mexeu) e correspondeu com dois golos ainda na primeira parte.
Se o golo aos quatro minutos lançou o Sporting para a exibição confortável e o alcançar do objectivo, o golo aos 36 deu a tranquilidade que se notou ainda não existir quando a diferença era mínima e a «hipóteses de algo correr mal» ainda pairava. Deixou de pairar com a segunda cabeçada certeira do montenegrino e os leões foram para o intervalo a ganhar sem sobressaltos.
O Louletanto pouco mais tinha conseguido do que provocar dois calafrios na área leonina e, a perder com dois de diferença no marcador, nunca encontrou maneira de reduzir as distâncias que havia em campo. A inicial defesa de cinco elementos foi sendo «sacrificada» em função de algo mais, mas o que aconteceu foi que o Sporting, esta tarde, estava à prova de quaisquer erros ou outras contingências que obstassem ao «curso normal das coisas».
E foi o que aconteceu. Com o passar dos minutos a equipa algarvia não só foi «tomando consciência» de que não havia nada a fazer para contrariar um Sporting a jogar o correspondente com o seu estatuto frente e uma equipa da II Divisão, como os leões justificaram também as diferenças ainda com a obtenção de mais golos a caminho do fim por Simon (77) e Izmailov (85).