O Sporting sofreu a quarta derrota em casa para a Liga, a sétima em 18 jogos, ficou sozinho como o pior ataque do campeonato. Um golo marcado pelo Marítimo aos 20 minutos chegou para resolver o jogo e prolongar o cenário de pesadelo que o leão vai vivendo semana a semana. Estava uma boa casa em Alvalade, no jogo que se seguiu ao anúncio da demissão dos órgãos sociais e à marcação das eleições. Há novidades no conflito diretivo que tem perturbado a época em Alvalade, mas não nesta frente. E essa é a pior notícia de todas para o Sporting.

Frente a frente estavam duas equipas aquém das expectativas esta época. Chegavam a Alvalade em igualdade pontual, saem bem diferentes. O Marítimo deu um salto, o Sporting afunda-se. Tem 19 pontos em 18 jogos, 16 golos marcados. Não é de mais repetir os números, que dizem tanto.

Jesualdo Ferreira surpreendeu no onze, ele que assumiu como estratégia para esta segunda metade da época usar a equipa B como alternativa regular. Bruma, extremo de apenas 18 anos, teve direito a entrada direta para a equipa titular. De resto um onze sem surpresas, enquanto o Marítimo apresentava várias novidades. Salin de volta à baliza após uma longa ausência, um meio-campo com Rafael Miranda e David Simão mais atrás, João Diogo na ala direita, Artur ao meio e Sami na esquerda, na frente o coreano Suk.

O Sporting pegou na bola desde o início, o Marítimo alinhou nas regras e apostou num jogo mais direto. Durante longos minutos, a iniciativa foi do Sporting. Sem grandes notícias na altura em que a bola chegava mais à frente, no entanto. E o Marítimo fez um primeiro aviso. A primeira grande oportunidade de jogo foi dos madeirenses, num lance em que Suk obriga Rui Patrício a esticar-se.

Tentou fazer mais o Sporting. Primeiro Labyad, depois a grande oportunidade que não aconteceu. Na pequena área, Wolfswinkel cabeceia à queima-roupa mas Salin ainda afasta. Capel insiste, mas nada. Não foi golo e custou caro aos leões. Dois minutos mais tarde, aos 19m, Suk marcou mesmo. Um cruzamento de Sami e o coreano não desperdiçou.

Voltava o cenário de pesadelo em Alvalade. Ainda havia muito que jogar, mas o entusiasmo inicial que os leões tinham posto em campo foi-se. E a confiança também. Além disso o Marítimo crescia. Um jogo inteligente dos madeirenses, muito focado, e um resultado que pode representar também um ponto de viragem para a equipa de Pedro Martins, melhor do que o que tem feito até agora na Liga.

Ainda assim, o Sporting podia ter empatado antes do intervalo, numa jogada em que Bruma isolou Wolfswinkel e o pé de Salin nega o golo ao holandês. Na segunda parte Jeusaldo Ferreira desistiu da sua aposta. Tirou Bruma, pôs Carrillo. Os leões entraram com atitude, tentaram pressionar mais à frente e andaram a ronda mais a baliza de Salin.

Mais uma vez, não chegou. Houve muitas oportunidades, mas também muita ansiedade. Houve Márcio Rozário a tirar sobre a linha o golo a Wolfsinkel, e depois o próprio central do Marítimo a poder marcar o segundo. Houve Rui Patrício a subir à área adversária no fim, em desespero, como temos visto. E houve um lance de Rubio mesmo mesmo no fim, que Salin defendeu. Podia ter sido, não foi. Quando muda a história em Alvalade?