Dois especialistas em direito desportivo são unânimes, o Sporting não deverá ser alvo de qualquer sanção na sequência do processo de denúncia caluniosa, em que está envolvido Paulo Pereira Cristóvão, vice-presidente do clube (com mandato suspenso).
«Os factos pelos quais é indiciado e constituído arguido o vice-presidente do Sporting, a meu ver, não consubstanciam nenhuma das infrações disciplinares previstas no regulamento disciplinar da FPF», explicou José Manuel Meirim à TVI, acrescentando que estes não poderão levar «à imputação ou à aplicação de qualquer sanção disciplinar ao Sporting».
Segundo Lúcio Correia, o Sporting não retirou «qualquer benefício, seja desportivo ou outro, decorrente desta situação». Para o jurista está em causa uma ação individual: «Assim sendo, e tendo em conta que o comportamento do seu representante foi, segundo o que veio a público, conjeturado por ele próprio, a responsabilidade aqui é apenas aferir no âmbito do comportamento individual do seu representante.»
Recorde-se que, na passada quinta-feira, foram efetuadas buscas às instalações do Estádio José Alvalade e à residência e empresa de Pereira Cristóvão, que foi constituído arguido num processo de denúncia caluniosa. Esta ação está relacionada com o caso do auxiliar José Cardinal, que estava a ser investigado devido a um depósito de dois mil euros numa das suas contas, em vésperas do jogo entre o Sporting e o Marítimo.
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