O Sporting tarda em encontrar um treinador para suceder a Ricardo Sá Pinto, mas há pouco mais de um ano e meio, em plena campanha eleitoral, havia cinco treinadores disponíveis, um por cada candidato, com um projeto diferente para liderar a equipa de Alvalade. Godinho Lopes acabou por ser eleito e apostou em Domingos Paciência com os resultados que se conhecem. Mas havia mais quatro candidatos, dois brasileiros e dois holandeses. O Maisfutebol foi saber o que é feito deles numa altura em que o clube de Alvalade volta ao mercado de treinadores.

Marco van Basten: Era o treinador eleito por Bruno Carvalho e chegou a vir a Lisboa para uma conferência de imprensa na qual prometeu o título. Apresentado como discípulo de Johan Cruyff e com uma forte ligação ao futebol de formação, pela sua passagem pelo Ajax, o antigo selecionador da Holanda ficou desempregado até fevereiro deste ano, altura em que assumiu o comando técnico do Heerenveen. Na última época ficou no quinto lugar, a um ponto da Europa, e este ano não está a correr melhor, ocupando um modesto 13º lugar, num percurso em tudo semelhante ao de Sá Pinto em Alvalade, com uma vitória, quatro empates e três derrotas nas primeiras oito jornadas.

Frank Rijkaard: Era o favorito de Dias Ferreira, também apresentado como um treinador que aposta na formação, pelo trabalho que fez no Barcelona. Na altura das eleições estava desempregado depois de uma má experiência nos turcos do Galatasaray e, logo a seguir às eleições em Alvalade, foi apresentado como selecionador da Arábia Saudita. A vida também não está a correr bem ao antigo internacional holandês em Riade, com destaque para o facto de já estar afastado da corrida para o Mundial do Brasil, depois de ter ficado atrás da Austrália e Omã na terceira fase da qualificação asiática.

Zico: O antigo internacional brasileiro era o treinador de Pedro Baltasar. Mais um treinador com uma carreira mais consistente como jogador do que como treinador. Já tinha experiência europeia, depois de ter treinado o Fenerbahçe (Turquia), Bunyodkor (Uzbequistão), CSKA Moscovo (Rússia) e Olympiakos (Grécia), mas estava desempregado há mais de um ano, desde janeiro de 2010. Três meses depois das eleições do Sporting embarcou para o Iraque com um contrato que tinha como objetivo a qualificação para o Mundial-2014. Neste capítulo, para já, fez melhor do que Rikaard e está a disputar a quarta fase, ocupando, atualmente, o quarto lugar do Grupo B, atrás do Japão, Jordânia e Austrália, mas à frente do Omã.

Dunga: Mais um antigo internacional brasileiro, a aposta de Abrantes Mendes para «combater a descrença que existe no Sporting». Era o candidato com o currículo mais curto como treinador, uma vez que nunca esteve à frente de um clube. Estreou-se na seleção olímpica do Brasil em 2008, conquistou a medalha de bronze em Pequim e foi promovido à seleção principal, para preparar o «escrete» para o Mundial-2010. Venceu à fase de grupos na África do Sul, à frente de Portugal, ainda venceu o Chile (3-0), mas depois caiu diante da Holanda (1-2) nos quartos de final. Foi destituído no final da competição e, desde então, não voltou a treinar. O seu nome já esteve relacionado com o Flamengo, São Paulo e, mais recentemente, com Al-Rayan, do Qatar, mas a verdade é que não voltou a trabalhar. Atualmente dedica o seu tempo ao Instituto Dunga de Desenvolvimento do Cidadão, uma sociedade civil, sem fins lucrativos, que atua no Rio Grande do Sul na promoção social de crianças, adolescentes, famílias e idosos, através do desporto educacional.