Os sócios do Sporting aprovaram uma grande maioria das alterações propostas aos estatutos do clube naa Assembleia-Geral que decorreu ao longo de mais de sete horas no Pavilhão Atlântico e só terminou a altas horas da madrugada. Eduardo Barroso, presidente da Assembleia-Geral, destacou a importância da revisão «para a modernização do Sporting e preparar o futuro».

A descentralização do voto, o voto electrónico e por correspondência, o direito ao voto a todos os sócios, novas categorias de associado (sócio efectivo, sócio auxiliar - em função da idade - e extinção do sócio correspondente) e escalões diferenciados de quotas, foram alguns dos mais de cinquenta artigos votados favoravelmente pelos cerca de 400 sócios que participaram na assembleia.

«Foi uma Assembleia Geral de revisão dos Estatutos que sobreviviam com pequenas alterações há 64 anos e era importante fazer esta revisão para a modernização do Sporting e preparar o futuro. A razão por que demorou tanto deveu-se aos 61 artigos que foram revistos pelos sócios livremente e a esmagadora maioria dos artigos foram aprovados. Toda a troca de opiniões foi feita com uma grande cordialidade, com grande civismo e empenhamento. Fico satisfeito que algumas coisas tenham sido aprovadas porque eram fundamentais para a modernização do Sporting. O voto descentralizado, o voto electrónico, novas categorias de sócios, o Sporting é de Portugal não é de Lisboa por isso era importante darmos aos sócios que estão distantes a possibilidade de participarem activamente nas decisões», destacou Eduardo Barroso no final.

Apenas sete alterações foram reprovadas, algumass directamente, outras por não terem conseguido reunir uma maioria de dois terços necessária para a aprovação. Entre os artigos reprovados, destaque para a alteração do «naming do estádio», para a apresentação da consolidação das contas do Sporting, para a delegação de algumas competências da Assembleia Geral no Conselho Leonino, bem como para a rejeição do aumento do número de conselheiros de 50 para 70 elementos.

Foi também rejeitada a possibilidade de haver uma segunda volta em eleições para o clube e igualmente reprovada a existência da figura do Provedor do Sócio que, segundo Eduardo Barroso se deveu ao facto de ter surgido uma proposta alternativa à proposta da Comissão da Revisão estatutária, delegando a eleição do Provedor na Assembleia (e não no Conselho Leonino), o que dividiu os votos.

Os resultados finais foram apurados quando já passava das 3h30 da madrugada.