O presidente do Sporting, Frederico Varandas, afirmou esta quinta-feira que o ataque à academia de Alcochete, a 15 de maio de 2018, foi «uma brutal dupla perda» que «teria matado muitos clubes por esse mundo», se tal acontecesse na casa de outros emblemas.

Varandas lembrou a perda de «cinco dos seus jogadores mais valiosos», que levaram a «perdas financeiras de dezenas de milhões de euros» nas rescisões, na sequência da invasão ao balneário da academia, com agressões a vários jogadores.

O dirigente leonino apontou que Alcochete «foi uma brutal dupla perda: desportiva e financeira» e que «ainda um mês antes do horrível ataque de Alcochete, já a anterior administração, encostada às cordas, afogada em dúvidas, tinha levantado a conta reserva dos bancos para pagar salários».

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No discurso de aceitação à margem de um prémio recebido na gala dos Prémios Stromp, Frederico Varandas defendeu ainda que «anos depois, o Sporting voltou a estar em cumprimento com a banca».

«Existia uma dívida vencida de 40 milhões de euros que implicou um acordo difícil entre as partes para a sua regularização, obrigando, naturalmente, a um esforço financeiro do Sporting. Varandas apontou ainda que «mais importante que os títulos» conquistados no período da sua presidência, «são as medidas estruturais e reformistas que estão a ser tomadas – muitas delas invisíveis à maioria dos sócios».

Sobre a formação do clube, o dirigente elencou a remodelação de «três campos cujo tempo de vida tinha terminado há dez anos», bem como o reforço do recrutamento e a reorganização de «toda a área profissional e da formação da academia».