Recuar Pedro Gonçalves no terreno tem prós e contras. Isso mesmo é admitido por Ruben Amorim, que fez do médio um avançado quando o jogador trocou o Famalicão pelo Sporting, e que agora pode ter de voltar a apostar nele mais recuado, tendo em conta a saída de Matheus Nunes.

«Vai depender do dia a dia, do adversário e do que queremos para a equipa. Se olharmos para a época passada, entre o Pablo Sarabia e o Pote, estão quase 50 golos. Como é que substituímos 50 golos? E se recuarmos o Pote, já perdemos os 50 golos, apesar de ele ser um jogador que aparece na frente», disse quando questionado pela primeira vez sobre essa possibilidade.

Em declarações na conferência de antevisão do jogo com o Desp. Chaves, Amorim foi, depois, questionado diretamente sobre se faz parte dos planos o recuo de Pote e não fugiu à questão.

«Isso vai acontecer ao longo da época. Há outros jogadores que têm de marcar golos, que têm de crescer, e é um problema para o treinador resolver. Já perdemos o melhor marcador, o Pablo, o Pote, mesmo fazendo uma época abaixo das expectativas, foi o jogador que esteve mais envolvido em golos. Entre assistências e golos», referiu, elogiando o jogador.

«Ele mete um patamar tão elevado que as pessoas olham para a segunda época do Pote como menos conseguida, mas ele esteve cerca de três meses lesionado. Por isso, é difícil de substituí-lo e eu tenho essa dúvida. Lá dentro estou a pensar se o puxo para trás e perco 30 golos, entre assistências e golos. Mas eu acho que há outros jogadores que têm de crescer e podem marcar mais golos com o Pote a ajudá-los mais atrás. O Sporting nunca dependeu de um jogador e não é agora que vai depender», concluiu.