Tiago Silva, um dos arguidos no caso do ataque à academia do Sporting, em 2018, afirmou estar arrependido por ter invadido a «casa» dos leões e ter agredido os jogadores.

Conhecido também por «Bocas», Tiago Silva disse ainda, no Tribunal de Monsanto, que Bruno de Carvalho e Mustafá não foram os mandantes do ataque.

«Não era um plano oficial da Juventude Leonina, o Mustafá [líder da claque] não tinha conhecimento. O grupo era composto por membros da Juve Leo, adeptos e sócios. Foi à revelia da claque», justificou, ilibando também o antigo presidente dos leões de qualquer responsabilidade.

«O ataque tinha um objetivo: era dar um aperto aos jogadores. Não era para bater, era para falar com um tom mais agressivo», esclareceu, confirmando ainda que enviou Bruno Jacinto, oficial de ligação aos adeptos, a avisar do ataque.

A chorar, o arguido mostrou-se arrependido pelo sucedido: «Sinto-me revoltado e triste pelo que fiz aos jogadores, é uma situação que nunca devia ter existido. Pensava que era a forma correta e justa de pedir justificações. Mas fiz o oposto e prejudiquei gravemente as vítimas, a instituição Sporting e a própria Juve Leo.»

«Custou-me estar na cadeia, mas aprendi que há vida para além do Sporting», atirou.