Depois de Bruno de Carvalho e Marta Soares, agora foi a vez de Octávio Machado também insurgir-se contra o facto da Liga de Clubes não permitir a inscrição de jogadores antes do clássico com o FC Porto, marcado para 2 de janeiro. O diretor geral do Sporting considera que, desta forma, esperando por 4 de janeiro, primeiro dia útil do novo ano, não se está a defender dos clubes e dá o exemplo da Premier League que permite inscrever jogadores no primeiro dia do ano, apesar de ser feriado.
 
«O Artigo 76 diz que há duas janelas de oportunidades para se inscrever jogadores, uma das quais de 1 a 31 de janeiro. Ponto. Depois há uma série artigos que, de alguma maneira, permite fazerem o que fizeram. No dia 2 de janeiro só há jogos em Inglaterra e em Portugal. Em Inglaterra, que temos como ótimo exemplo, em termos de estrutura do futebol profissional, em termos de condições para que os clubes terem resposta, aceitam inscrições no dia 1», começou por destacar.
 
Em Portugal, as inscrições só são aceites no dia 4, no primeiro dia útil do ano, depois do fim de semana. «Em Portugal, não foi isso que se fez. A janela de oportunidade fechou-se e abre no dia 4. Por uma razão simples, é que a seguir ao dia 1 é um fim de semana. Mas para situações excecionais, soluções excecionais. Era isso que se esperava e desejava que acontecesse, permitindo que os clubes tivessem essa janela de 1 a 31», prosseguiu.
 
Octávio Machado defende que, neste caso, devia ser aberta uma exceção,  não apenas para o Sporting, mas para todos os clubes. «Os jogadores vão viajar, vão ter de treinar. Vão estar jogadores, treinadores, enfermeiros, médicos, delegados, árbitros. Tudo a não gozar o feriado. O sol quando nasce é para todos. O Futebol é uma indústria que se quer cada mais organizada, com capacidade de resposta. Essa indústria vive principalmente dos clubes. São os clubes que promovem e criam receitas para que o resto da estrutura sobreviva. Sei o que dizem os artigos e o que faz que de dia 1 se passe para dia 4, mas esta jornada o ano passado foi a 3 e permitiu que houvesse inscrições. Devia-se proteger os clubes e o artigo 76 que fala de dia 1 a 31», insistiu.
 
O dirigente fez ainda um balanço destes primeiros meses da nova temporada, considerando que se está a criar a «ilusão» na comunicação social que o Sporting tem sido beneficiado, quando, na sua opinião, tem acontecido o contrário e avança com o exemplo do último jogo com o Sp. Braga. «Merecia uma equipa de arbitragem mais feliz. Foi pena que um dos assistentes tivesse anulado um golo limpo ao Slimani, um golo no último minuto do prolongamento ao William e o primeiro golo do Braga é precedente de falta sobre o William Carvalho. São factos que tiveram influência direta no resultado. O Sporting foi afastado da Taça por fatores que o prejudicaram», destacou ainda.