Ryan Gauld deixou o Farense, equipa da II Liga onde jogou por empréstimo do Sporting na primeira metade da época, e regressou ao país de origem, novamente cedido pelos leões, desta feita ao Hibernians.

Na primeira conferência de imprensa, o médio, de 23 anos, fez um balanço às quatro épocas passadas em Portugal, garantindo que não se arrepende de ter optado pelo país e pelo Sporting, apesar de não ter alcançado o sucesso que muitos esperavam. «Evoluí, e adoro Portugal», resumiu.

«Desenvolvi o meu jogo em todos os níveis: tática, física e tecnicamente também. Dei o passo que precisava de dar nesses capítulos», começou por dizer, sugerindo mesmo que mais compatriotas deviam seguir as mesmas pisadas.

«Aconselho os jogadores escoceses a sair, porque se não saírem, nunca vão saber a forma como se trabalha nos outros países. Há quem prefira ficar em Escócia, ou ir para Inglaterra, eu quis ir ver como as coisas são noutro país e, sem dúvida, que Portugal é um país que recomendo. Foi preciso coragem para alargar horizontes, mas acho que isso também é bom para os jovens jogadores», apontou.

Já sobre aquilo que correu menos bem, Gauld apontou a falta de estabilidade como uma das razões, ainda que garanta que isso foi importante para o crescimento pessoal e como jogador.

«Passei por vários testes, mais do que esperava, com muitos empréstimos e senti que as coisas foram-se tornando mais difíceis do que tinham de ser. A minha paciência foi testada várias vezes, mas tornou-me mais forte e mais maduro», assegura.

Já sobre o regresso à Escócia a possibilidade de ficar para lá do empréstimo até ao final da época, Gauld prefere não se alongar.

«Neste momento só penso no Hibs, e ajudar a equipa a ficar nos lugares europeus. Ficar para lá do empréstimo? Isso é algo para pensar mais à frente, para já, penso apenas nos próximos cinco meses», concluiu.