Frederico Varandas é tema de um artigo do New York Times, que conta a história, já conhecida em Portugal mas nova para os americanos, do presidente que deixou o clube em suspenso para se dedicar a salvar doentes de covid-19 num hospital. Durante a reportagem surgem algumas declarações de Frederico Varandas, a maioria das quais de espanto.

«Os jogadores de futebol são testados mais vezes do que os médicos que trabalham em hospitais. Para mim, isso é muito estúpido. É político. Eu entendo isso politicamente, mas cientificamente isso é ridículo», diz o presidente do Sporting. «O futebol em Portugal é uma loucura. É como uma religião, é doentio.»

Sobre a forma como conseguiu dirigir o Sporting entre turnos de doze horas no Hospital Militar de Lisboa, Frederico Varandas confessa que não foi fácil. «Continuei a controlar as coisas porque o futebol parou, mas o clube continuou. Não foi fácil no primeiro mês e meio tentar conciliar o trabalho do hospital com o futebol.»

No entanto, e no fim do trabalho no hospital, Frederico Varandas confessa que ficaram excelentes memórias. «O desporto parou em Portugal e eu pensei que seria mais importante para o país a trabalhar como médico». Depois, claro, ficaram as histórias. «Só de olhar nos meus olhos, os pacientes diziam-me: ‘Você não é o presidente do Sporting? Posso tirar uma selfie consigo?»