Em entrevista ao jornal do Sporting, poucas semanas depois de ter renovado contrato, João Palhinha confessou que não imaginou este trajeto ao chegar ao clube, com 17 anos.

«Sempre acreditei que podia chegar longe. Durante todo o meu trajeto estive sempre focado no presente e felizmente as coisas correram bem. Sem no momento em que cheguei ao Sporting, com 17 anos, alguém me contasse que ia ter este percurso, não sei se acreditaria, pois tem sido muito bom», disse o médio.

«Foi um ano muito bom para mim. Afirmei-me no Sporting e fiz a minha melhor época em termos individuais e coletivos porque conquistei o campeonato, a Taça da Liga e a Supertaça. Conquistar algo importante para o clube tem um peso muito grande», acrescentou Palhinha, que destacou ainda a afirmação na Seleção Nacional.

O médio destacou ainda o papel de Ruben Amorim nas conquistas, enaltecendo a postura do técnico.

«O Ruben é um treinador moderno, tem uma ligação muito próxima com os jogadores. Ter estado lá dentro ajuda bastante. Não é daqueles treinadores que passa o tempo a gritar, tem uma forma de estar muito educada e é isso que ele é no fundo. Olhamos para ele não só como treinador, mas também como um amigo, e isso reflete-se em campo. Quando não percebemos alguma coisa ou ele não está satisfeito, tem a frontalidade e o à-vontade para falar connosco. Se tivermos algum problema podemos falar com ele e isso é muito importante. Todos os jogadores entram em campo sabendo o papel que vão ter de desempenhar, a análise aos adversários é outro dos pontos fortes da equipa técnica», afirmou.

João Palhinha antecipou ainda o duelo com o Manchester City, para os oitavos de final da Liga dos Campeões.

«É o tipo de jogos que gostamos de disputar. É uma das três melhores equipas do mundo e aquela que joga melhor futebol. Temos de ter muita ambição e vontade, sabendo que tudo é possível no futebol. Não podemos deixar de acreditar apenas por ser o Manchester City. Isso pode até dar-nos mais força, tal como na época passada e na fase de grupos», começou por dizer.

«Temos de dar todos as mãos para mostrar o nosso valor e, acima de tudo, acreditar, pois se não acreditarmos torna-se tudo mais difícil. Esta equipa acredita que tudo é possível», reforçou, antes de falar do duelo com os compatriotas Rúben Dias, João Cancelo e Bernardo Silva.

«São alguns dos melhores do mundo nas suas posições. Conheço-os bem, como eles a mim, mas lá dentro o espírito de Seleção deixa de existir, pois somos adversários», concluiu.