A derrota do Sporting em Marselha ficou marcada pela exibição de Adán que, além de ter consentido dois golos, foi expulso e deixou a equipa em inferioridade numérica. O segundo jogo, esta quarta-feira, em Alvalade, vai ser, com certeza diferente, até porque será o jovem Franco Israel a ir para a baliza. Ruben Amorim garante que o uruguaio está «preparado».

«Obviamente que não é tão experiente como Adán, não tem tanto tempo de jogo, mas tem de começar a ter. Não vai mudar nada, temos um estilo de jogo tão vincado que não dá para mudar numa semana. O Israel foi escolhido face às características da equipa, tem de jogar com os pés. Ser mais velho não faz diferença. Mais do que estarmos preocupados, estamos entusiasmados. Fomos buscar este jovem para isto e acho que ele está preparado. Já cá está há algum tempo, é internacional pelo Uruguai nas camadas jovens e trabalhou com o Vital nestes meses. Quando se trabalha com o Vital, está-se preparado», atirou.

Ruben Amorim fez depois uma análise aos momentos menos bons do Sporting, tanto na derrota com o Marselha, como na vitória que se seguiu frente ao Santa Clara em que equipa relaxou na segunda parte. O treinador considera o segundo momento «mais perigoso».

«É tudo. Em certos momentos do jogo, conhecendo as personalidades do plantel, os jogadores são diferentes. Há coisas que temos de melhorar, a nossa forma de jogar mudou. Tem havido erros poucos habituais na nossa equipa. Na segunda parte com o Santa Clara foi algo global e com o Marselha isso não aconteceu. Foi diferente, sofremos um golo quando o Adán queria jogar, quando estava a pensar num primeiro momento e não conseguimos recuperar», começou por enunciar.  

O treinador ficou mais insatisfeito com a atitude dos jogadores no segundo tempo nos Açores. «Com o Santa Clara foi diferente. Descansámos, pensámos que o resultado estava feito e isso para mim é mais perigoso. Temos de crescer como equipa, temos de estar mais concentrados. Não faço avaliações mais abrangentes sobre o assunto. Em cada jogo temos errado, de uma maneira ou de outra, é isso que temos de evitar. Em competições como esta pagamos caro. Em Marselha perdemos o jogo em dez minutos, tenho a certeza que este jogo vai ser diferente do primeiro», acrescentou.

No jogo com o Marselha, face à expulsão de Adán, Edwards foi o jogador sacrificado. No segundo jogo, Amorim diz que o avançado inglês tanto pode jogar ao centro, como na linha ou até ficar no banco. «O Edwards tanto pode jogar no meio, como na linha. Tirámos o Edwards em Marselha pelo que seria o jogo, mas acho que mexi mal na equipa, com ele poderíamos ter agarrado mais o jogo, mesmo jogando mais baixo. O Marcus tanto pode começar no meio, como na linha, como ainda mais na linha, que será no banco», comentou ainda.