Jorge Jesus reiterou que o grande objetivo do Sporting é o campeonato, mas garantiu que os leões têm, ainda assim, a ambição de chegar o mais longe possível na Liga Europa e, quem sabe, vencê-la.

«Toda a gente sabe que em Portugal a prioridade é sempre o campeonato para os três crónicos campeões. Mas pelo facto de estarmos inseridos na Liga Europa não vamos enjeitar essa possibilidade. Queremos chegar o mais longe possível nesta competição, sabendo que o sorteio também é um factor importante. (…) Para além do sonho, pode ser uma realidade: o Sporting tem todas as condições para chegar a uma final desta competição», disse o técnico que foi finalista vencido das edições da Liga Europa em 2013 e 2014.

Na antevisão ao jogo com o Astana, a contar para a 1.ª mão dos 16 avos de final da prova, Jesus insistiu numa ideia que ele próprio já partilhou no passado: «A minha experiência também me diz isto: estar em todas as frentes às vezes paga-se caro. Mas é jogo a jogo. Vamos tentar passar a eliminatória, não pensando no próximo jogo para o campeonato, que é muito importante. Vamos lançar no jogo os jogadores que pensamos que possam dar resposta para que a equipa esteja forte», frisou.

Refira-se que os leões vão jogar em Astana num relvado sintético. Jesus assumiu que os leões só esta quarta-feira, véspera da partida, vão treinar pela primeira vez em relva artificial, mas sublinhou que nem isso pode impedir o Sporting de ser competitivo. «Quando estás numa competição, neste caso na Liga Europa, não podes ter muitos argumentos para te desculpares com aquilo que for. Queremos estar aqui, o sucesso às vezes paga-se caro, mas já ganhámos um troféu em Portugal e queremos fazer uma boa Liga Europa e chegar o mais longe possível. Vamos jogar com um adversário que é uma equipa competitiva normalmente no seu estádio. Estamos a prepararmo-nos dentro do possível para a equipa estar em condições de fazer um excelente jogo.»

Por fim, o treinador do Sporting falou sobre Rafael Leão, jogador do Sporting que se estreou para o campeonato no passado fim de semana com o Feirense e está entre os jogadores que viajaram para a capital do Cazaquistão. «Ele tem vindo a trabalhar ao longo destes dois meses com a equipa profissional num trabalho específico. Não é tático, é mais físico e técnico, tentando desenvolver alguns aspectos que pensamos que são importantes para ele, porque tem talento. Mas não inventar já um jogador no Rafael. Tem muito que aprender e teve uma oportunidade: vai tê-las e vai deixar de tê-las. Sabemos o valor dele mas também dos outros colegas que jogam na mesma posição», rematou.