O futebolista do Sporting, Pedro Gonçalves, considera que o golo que marcou ao Arsenal, na segunda mão dos oitavos de final da Liga Europa, vai ser para sempre o «melhor» da sua carreira e enumerou várias razões para defender essa ideia, recordando ainda que o momento do festejo foi «estranho» porque «não sabia o que fazer» naquele momento.

«O festejo? Foi estranho porque – e como dá para ver na transmissão – eu não sabia o que fazer. Comecei a correr como um louco, a tentar festejar o máximo que podia, porque percebi que foi um golo excelente. Acho que vai ser sempre o melhor golo da minha carreira, tendo em conta o momento em que marquei, o tipo de jogo que era, contra aquela equipa, naquele estádio. Vai viver comigo o resto da minha vida e é isso», afirmou Pedro Gonçalves, em declarações à UEFA.

O jogador dos leões falou ainda da perceção que a equipa do Sporting teve sobre o posicionamento do guarda-redes Aaron Ramsdale ao longo do jogo, mas que o golo «foi uma coisa do momento».

«No balneário, comentámos o facto de que, desde o início do jogo, o guarda-redes deles afastava-se muito da baliza quando tinha a bola. Nunca pensei: “Se tiver a bola, vou tentar fazê-la passar por cima dele porque ele está longe da linha de baliza”. Não, foi uma coisa do momento. O Marcus [Edwards] estava à minha esquerda e eu vi-o a dar-me um espaço, mas quando levantei a cabeça, vi uma coisa amarela, que era o guarda-redes. Eu vi que ele estava adiantado e tentei», explicou Pote, antecipando um difícil encontro com a Juventus nos quartos de final.

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«Vai ser uma eliminatória extremamente difícil, vai revelar-se muito exigente, dado que é a duas mãos e a primeira é fora de casa. É uma eliminatória completamente diferente do Arsenal, quer para o público, quer para nós. Víamos o Arsenal como um dos favoritos a ganhar a Liga Europa, mas conseguimos eliminá-los, por isso temos de esperar, ver e dar o nosso melhor. Agora, é focarmo-nos na primeira mão em Turim e depois esperar pela segunda mão e tentar o nosso melhor para dar a volta aos momentos em que as coisas fiquem difíceis para nós», perspetivou.

O jogador de 24 anos, que em 2022/23 leva 42 jogos e 18 golos, falou ainda um pouco mais da sua técnica de remate de longe.

«Nasceu comigo, mas também tem a ver com treino. Trabalhei nos treinos e foi melhorando. Também tem a ver com o tipo de golos que tenho visto no Youtube e na televisão. Amo ver futebol e praticamente vejo todos os jogos. Sempre procurei melhorar e este golo [ndr: ao Arsenal] também teve a ver com a forma como gosto de rematar a bola, não costumo bater forte com o peito do pé, procuro rematar mais em arco para a bola fazer um ligeiro desvio», disse.