O presidente do Sporting garantiu que o «caso Doyen» não vai afetar a preparação dos leões para a próxima época.

«A influência é absolutamente nenhuma», referiu Bruno de Carvalho à margem de um evento em Rio Maior, lembrando que ainda está a decorrer um recurso.

«Esses contratos têm de cumprir a lei. Infelizmente, a lei desportiva e a lei chamada comum não funcionam e isso, a mim, enquanto dirigente desportivo, faz-me confusão porque eu fui preparado e educado para viver em sociedade e de repente entrei num segundo mundo que é o mundo do desporto, um mundo muito próprio. Numa lei comum, o caso Doyen estava resolvido mesmo antes de começar. Bastava um juiz ler o contrato para perceber que o que ali está contraria claramente a lei. Mas a lei desportiva tem razões que a própria razão desconhece», acrescentou.

O Sporting foi condenado a pagar 12 milhões de euros ao fundo de investimento Doyen, por ter denunciado unilateralmente os contratos relativos à propriedade dos direitos económicos dos futebolistas Zacaria Labyad e Marcos Rojo, que foi vendido ao Manchester United por 20 milhões.

Bruno de Carvalho falou ainda da época anterior, negando que a equipa de Jorge Jesus tenha apostado exclusivamente no campeonato. «Não vi o Sporting desistir de nada. Vi um golo marcado com a mão numa modalidade que não era o andebol», exemplificou, sublinhando que os leões alcançaram um dos objetivos aos quais se propuseram: a aproximação aos rivais.

«Por muito que eu, enquanto sportinguista, queira ganhar tudo, enquanto líder de uma organização, tenho de ser inteligente e ter o pragmatismo de pegar na minha emoção e ver com racionalidade de onde vim e onde quero chegar. O caminho que fizemos este ano foi absolutamente determinante para, agora sim, podermos dar outros passos», completou.