O médico presidente do Sporting, Frederico Varandas foi um dos militares na reserva notificado para voltar ao serviço devido à pandemia de Covid-19, confirmou à Lusa o Ministério da Defesa.

O ministério esclareceu que o «capitão Frederico Varandas detinha licença especial para feitos eleitorais», segundo a Lei de Defesa Nacional e que permite a um militar concorrer a eleições. Porém, essa licença caducou com a entrada em vigor do decreto do Presidente da República, que impôs o estado de emergência, pelo que é determinado «o regresso do militar à sua anterior situação».

«Consequentemente, o Exército Português notificou todos os seus militares que detinham licenças com a natureza referida sobre a necessidade de se apresentarem ao serviço», lê-se na nota, tendo Frederico Varandas sido um dos militares a quem foi ordenado o regresso.

O presidente do Sporting já tinha dado conta de que iria voltar a defender o país, embora não tenha revelado que tal se devia à interrupção da licença.

Na mesma nota, o Ministério da Defesa esclarece que o Estatuto dos Militares das Forças Armadas define que «as funções militares são, em regra, exercidas em regime de exclusividade» ainda que o Chefe do Estado-Maior do Exército possa «autorizar o desempenho de outras funções em regime de acumulação, mediante requerimento do interessado». 

Em Portugal, há 23 mortes e 2.060 infeções de covid-19 confirmadas, segundo o balanço feito esta segunda-feira pela Direção-Geral da Saúde.

O país encontra-se em estado de emergência desde as meia-noite de quinta-feira e até às 23h59 de 02 de abril.