A vitória do Sporting sobre o LASK Linz na Liga Europa também ficou marcada pelas tréguas dos adeptos com a equipa e por um momento bonito, ao minuto onze, quando as bancadas se levantaram para aplaudir Rui Jordão, antiga glória do clube que se encontra em convalescença a recuperar de um problema de saúde.
Um pesadelo pintado de cor-de-rosa
A mudança de ambiente em Alvalade foi percetível ainda antes do início do jogo. As claques foram menos efusivas nas criticas à direção, pelo menos desta vez não se ouviu o nome do presidente Frederico Varandas, nem mesmo no momento mais crítico do jogo, quando os austríacos entraram com tudo e concentraram o seu jogo junto à baliza de Renan.
Foi precisamente nessa altura, ao minuto 11, o número da camisola com que Jordão jogou no Sporting, que as bancadas se levantaram para aplaudir o antigo goleador. Em Alvalade, como é tradição, as homenagens fazem-se ao som de aplausos, mesmo nos momentos mais tristes. Com o LASK a ameaçar o golo, que acabaria por chegar cinco minutos depois, os adeptos estiveram um minuto a bater palmas de forma sentida pelo antigo internacional português, nascido em Benguela, há 67 anos.
Jordão, também conhecido como a gazela de Benguela, jogou uma década com a camisola do Sporting, entre 1977 e 1987, e, nesse período, formou uma dupla letal com Manuel Fernandes, marcando 184 golos nos 282 jogos. Depois de terminar a carreira, em 1989, dedicou-se à pintura e teve sempre uma posição discreta em relação ao futebol, mas a verdade é que nunca foi esquecido pelos adeptos leoninos, como se viu na sentida homenagem que os adeptos lhe prestaram na noite de quinta-feira em Alvalade.
