Joelson Fernandes é visto como uma dos maiores talentos de Alcochete. Numa longa entrevista, o jovem extremo lembra a chegada à Academia, aborda o alegado interesse de grandes clubes e a chegada de Ruben Amorim ao Sporting. 

«Quando cheguei a Portugal, aos 11 anos de idade, o meu pai falou de mim no clube. Disseram-me que poderia treinar e no dia seguinte já lá estava. O treino correu bem e assinei logo. Morava em Aveiro, então só jogava pelo Sporting no fim de semana. No resto do tempo, treinava no Beira-Mar. Com 14 anos fui morar para a Academia do clube», começou por contar, em entrevista ao site joueurspt. 

Embora seja um jogador promissor, o futebolista de 17 anos recusa o estatuto de mais promissor da formação dos verde e brancos.

«Há muitos jogadores muito promissores no Sporting, muitos craques. O meu irmão, por exemplo, é um deles. Ele está a seguir o seu caminho, que é longo, mas eu acredito nele e ele deve continuar a trabalhar como tem feito até aqui», apontou. 

Ligado contratualmente ao Sporting até 2022, Joelson admitiu que nunca foi abordado para renovar e que se sentiu lisonjeado pelo alegado interesse de grandes clubes.

«É muito lisonjeiro e acho que representa o valor do meu trabalho. Não olhei muito para esse alegado interesse, estou bem onde estou e a lutar para alcançar o meu sonho, que é jogar na equipa principal do Sporting», frisou.

Em relação a Rúben Amorim, o avançado disse apenas que «ainda não teve oportunidade de o conhecer». 

«Quando ele chegou, eu estava lesionado. Quando recuperei, a pandemia espalhou-se pelo país e os treinos foram suspensos», explicou.

Nascido na Guiné Bissau, o jogador dos leões tem dupla-nacionalidade. Porém, não tem dúvidas na hora de escolher a seleção que gostaria de representar: Portugal.

«Quero jogar pela seleção portuguesa. Não é que eu não queira jogar pelo meu país, é claro que gostaria de fazê-lo, mas a Seleção portuguesa oferece mais visibilidade e permite mostrar-me mais. No momento, estou focado no Sporting e na seleção», apontou.

Por último, Joelson recordou o dia em que ficou na conversa com um colega e não se apercebeu do início do jogo, acabando por ficar de fora.

«Tenho muito o que contar, mas lembro-me apenas de uma, a que mais me marcou! Quando tinha 14 anos, estava com um amigo e enquanto conversávamos, esquecemo-nos do horário de início do jogo. Quando percebemos, os nossos colegas já estavam a jogar (risos). Fiquei muito triste porque tinha treinado a semana toda em Aveiro e viajado para Lisboa para jogar, mas não pude jogar. Essas são coisas que tenho sempre de me lembrar!de», concluiu.