Paulinho foi o entrevistado desta semana do podcast ADN de Leão e conversou abertamente com o humorista Guilherme Geirinhas sobre os segredos do plantel leonino. O avançado confessou, por exemplo, que João Palhinha é o mais sovina, sempre à procura de descontos e promoções.

«Outro dia fui meter gasolina e a senhora da bomba veio avisar-me que tinha enviado pelo Palhinha umas camisolas para o plantel assinar. Mais tarde, a falar com outros colegas, viemos a descobrir que ele trouxe as camisolas para assinarmos porque ela lhe ofereceu um depósito cheio», contou.

Paulinho revelou também que nos treinos os meínhos são feitos em dois grupos, os miúdos do plantel e Luís Neto, «que é o pai deles», de um lado, e os outros jogadores todos, do outro lado. Nas concentrações, o plantel ganhou o hábito de fazer campeonatos de Fórmula 1 na PlayStation.

Mais a sério, o avançado contou que «o golo mais importante foi o de Braga». «O do Matheus Nunes. Saí desse jogo a dizer ‘vai ser difícil parar-nos’. Foi nesse jogo que a malta percebeu que se dessemos as mãos, ia ser difícil parar-nos. Eu estive do outro lado e sei perfeitamente que do outro lado havia muita qualidade, mas o que apanhei aqui é um grupo muito unido», acrescentou.

«Nem é preciso eu estar aqui a dizê-lo, há coisas que dá para ver, não é estar aqui a puxar o saco. Os grupos precisam de ter um Nuno Santos da vida, um João Pereira da vida. Nem é uma questão de exigência, porque hoje todos os jogadores são exigentes, são aquelas pequenas coisas...»

Depois disso, deu um exemplo.

«Outro dia o Eduardo Quaresma ia a subir no elevador da Academia e o Nuno Santos: ‘Mas estás a brincar? Com 18 anos? Vais mas é pelas escadas’. Mas ele com uma cara muito séria. Isto faz falta. E eles adoram-se um ao outro. Faz falta gajos assim como o Nuno Santos e faz muito falta também gajos como o Quaresma», referiu.

«O Coates não é um capitão que imponha respeito, o respeito é-lhe reconhecido naturalmente. É uma pessoa super tranquila, super aberta. É o segundo capitão que encontro assim. Tive o Tiago, no Trofense, que tinha jogado no FC Porto e no Benfica, que também não impunha respeito, reconhecias-lhe o respeito pelas atitudes. O Coates também é assim.»

No meio da conversa, Paulinho fez uma revelação curiosa: os lugares de estacionamento na Academia estão marcados e... têm uma ordem.

«Os três lugares mais próximos da porta são dos três capitães e depois a ordem é por antiguidade no clube. Cada jogador tem o seu lugar marcado com o seu número. O meu é o último, lá longe da porta. Eu trago uma trotinete na mala, estaciono o carro e pego na trotinete», brincou.

«Se alguém estacionar fora do seu lugar, paga multa. O Quaresma é menino para, muito naturalmente, estacionar uma vez no lugar do Coates. Mas eu só queria que ele estacionasse no lugar do Nuno Santos. O Nuno Santos rasgava-lhe os pneus e partia-lhe os vidros.»