Da chegada ao Sporting à seleção de Espanha, Pedro Porro recordou várias etapas do percurso profissional numa reportagem divulgada pela Federação de Futebol da Estremadura, comunidade de onde é natural.

«Estava de férias e o meu empresário ligou-me a dizer que o Sporting me queria contratar e que estava muito entusiamado comigo. Comecei a treinar ainda nas férias e não hesitou quando surgiu essa opção. O Sporting é um clube muito grande e nota-se isso cada vez que entramos em campo. Cada vez que jogo nota-se a garra e a determinação que tenho. Para mim isso é fundamental», referiu.

Desde que chegou a Alvalade, o lateral-direito conquistou três títulos e frisou que não tem motivos de queixa.

«Não me posso queixar. As coisas estão a correr-me bem desde que cheguei. Tento estar o mais feliz possível. Quando estamos mais felizes, melhor as coisas correm. Para já não tenho motivos de queixa», frisou antes de explicar como se tornou defesa.

«Sempre vivi de golos, inclusive joguei como avançado. No futebol profissional está na moda os alas. Foi o Eusebio [Sacristán] quem me colocou a jogar como lateral e quem acreditou a mim. Para já está tudo a correr-me muito bem. Preocupo-me mais com o aspeto defensivo proque essa é a minha principal tarefa. O Sporting encaixa bem no meu jogo porque tem a bola cerca de 80 por cento do jogo.»

Além de ter anunciado que vai mudar de casa em Lisboa, Pedro Porro contou ainda como soube da chamada de Luis Enrique para a seleção espanhola. 

«Tinha o dia livre e estava com a minha família. Foi uma bomba incrível, de verdade. Nunca tinha pensado. É verdade que fui capitão dos sub-21 e tal, pensava que poderia ter essa hipótese, mas não tão cedo. A chamada de Luis Enrique deu um 'plus' à minha família e a mim também. Ver a alegria imensa que sentiram deixou-me tremendamente orgulhoso», recordou.

No entanto, o jogador de 23 anos confessou que teve uma «estreia amarga» na «La Roja» contra a Geórgia, mas acalenta esperanças de estar no Mundial 2022. «Foi uma estreia amarga. Não gostei da forma como me correu o jogo. Vi um cartão amarelo cedo, estava nervoso, o que é normal. Fico com uma imagem que é boa, estreei-me pela seleção. Se me estreei, foi porque merecia. Quando trabalhas consegues esses prémios.Tenho uma última bala para ir ao Mundial e espero estar presente. É o que mais ilusão me dá», disse ainda. 

Porro destacou ainda a importância do seu avô na carreira que construiu até ao momento.

«O meu avô ajudou-me muito em todas as decisões. Estava sempre em cima de mim. Fui para os juvenis do Rayo Vallecano e estive dois em Madrid. Na altura, surgiram rumores de ir para o Real Madrid, mas nunca dei importância. Continuei a fazer a minha vida e fui para o Girona. Gostei do projeto que me apresentaram. A vida é não deixar passar nada e aproveitar as oportunidades. Se não tivesse ido para o Girona não estava aqui», defendeu. 

Veja a reportagem completa no vídeo que se segue: