Rui Borges garante que o Sporting vai encarar o dérbi determinado em vencer, mesmo que o empate diante do Benfica deixe os leões em posição privilegiada para reclamar o título na última jornada.

«Acima de tudo estamos onde queremos e onde um grande clube como o Sporting tem de estar como grande clube que é. Temos de estar nas decisões nacionais e tentar conquistar as competições onde o Sporting está inserido. É por isso que temos de estar feliz acima de tudo para já», começou por destacar o treinador, em conferência realizada na Academia Cristiano Ronaldo.

Apesar de tudo, os leões vão entrar em campo com dois resultados possíveis. «Em relação ao jogo, são dois resultados, é certo, mas nós focamo-nos apenas e só naquilo que podemos controlar, naquilo que temos de fazer da melhor forma para conseguirmos vencer. Nada mais do que isso, como qualquer outro jogo, claro que com a importância devida. Não fugimos àquilo que é a importância do jogo que pode dar a conquista do campeonato para ambas as equipas. É lógico que temos de olhar e pensar nesse aspeto, mas focamo-nos naquilo que podemos fazer para contrariar o adversário e vencer o jogo. O que a vitória nos dará é consequência disso», acrescentou.

Neste sentido, Rui Borges diz que esta semana de trabalho não foi muito diferente de todas as outras. «Uma semana normal, olhando para o jogo da mesma forma que olhámos para os outros, para tentar vencê-lo dentro daquilo que será as dificuldades que vamos encontrar», insistiu.

O Sporting já revelou alguma ansiedade para bater o Gil Vicente na última ronda, como será agora num jogo que pode decidir o título? «São jogos diferentes. O Gil foi uma equipa que defendeu muito bem, com uma estratégia mais defensiva, criou-nos problemas. Mas mais do que o bloco baixo do adversário, foi mais por termos sofrido um golo demasiado cedo quando até estávamos minimamente bem no jogo, tínhamos tido um ou outro lance na área do Gil, isso deixou-nos com alguma intranquilidade e, com o passar o tempo, é natural que na fase final, num jogo que era decisivo, como é agora o jogo de amanhã. Deixou-nos essa intranquilidade, mas também a capacidade de acreditar da equipa até ao fim», analisou.

Mais do que a ansiedade, o treinador prefere destacar a resiliência e a crença da equipa frente ao Gil Vicente. «Só uma grande equipa é que conseguia sair dali com uma vitória. Foi isso que a equipa conseguiu por ser incrível como é, não me canso de dizer, pela capacidade, pela personalidade de todo o grupo, tem sido fantástica. A semana tem sido normal, o grupo está exatamente como nas outras semanas, sabe tudo o que implica este jogo, que podemos ser campeões se tivermos a capacidade para ultrapassar o adversário e vencer o jogo. Estamos focados no que podemos controlar, olhar para o adversário que também é uma grande equipa e vai lutar dentro de um ambiente bastantes difícil para nós jogarmos fora de portas. Acima de tudo, vejo a equipa muito motivada, muito corajosa e com uma vontade enorme de entrar em jogo», destacou.

Voltando à questão inicial, o Sporting pode jogar para o empate? «Empate? Vocês é que falaram nisso, nós focamo-nos naquilo que é a vitória. Queremos ganhar independentemente de ser na casa do rival. Queremos ganhar para sermos campeões, a história do empate leva-nos a ter de ganhar o último jogo diante de uma grande equipa que vamos defrontar na última jornada [Vitória de Guimarães]. Não vamos por aí, olhamos para o jogo e queremos ganhar. É o jogo do século como vocês também têm dito, isso só valoriza o que é o nosso campeonato, o nosso futebol e o nosso país. Que seja, acima de tudo, uma grande espetáculo e, dentro disso, que o Sporting seja vencedor», referiu ainda.