A FIGURA: Viktor Gyökeres

Foi, sem pingo de surpresa, o maior perigo apontado à baliza do Vitória. Ameaçou, na primeira e na segunda parte, mas sem a eficácia que lhe é reconhecida e parecia a caminho do terceiro jogo em branco. Sem bola, foi o primeiro a condicionar a saída de bola dos visitantes várias vezes. Aos 83 minutos, numa grande iniciativa individual, atirou para 2-0 que selou o jogo e eliminou qualquer dúvida que ainda pudesse subsistir sobre o campeão nacional de 2024/25. Fecha a Liga com 39 golos: o melhor registo desde um tal de Mário Jardel e ainda com a possibilidade de ser Bota de Ouro. É a figura desde jogo, do Sporting e desta Liga. Sem qualquer margem para discussão.

Ponto.

O MOMENTO: GOLO DE POTE. Minuto 55

Naquele momento, o Benfica perdia em Braga e o Sporting parecia muito mais perto de marcar do que propriamente de sofrer um dissabor, mas, ainda assim, o clima era de alguma desconfiança em Alvalade. Numa jogada iniciada por Eduardo Quaresma, Pedro Gonçalves encostou o pé à bola e assinou o primeiro golo em mais de oito meses. E QUE GOLAÇO!

OUTROS DESTAQUES

Debast: na ausência de Hjulmand, coube-lhe fazer dupla no meio-campo com Morita e, depois da saída do japonês, com Pedro Gonçalves. Mesmo com o meio-campo dos leões em inferioridade numérica, levou muitas vezes a melhor sobre os adversários e também teve uma fatia importante no 1-0. Cada vez mais confortável na posição 6.

Pote: pode ainda não estar ao nível de antes da lesão, mas já apresenta uma condição física que lhe permitiu cumprir quase todo o jogo. Inaugurou o marcador com um remate colocadíssimo de pé direito e depois da saída de Morita (em défice físico) baixou para o meio-campo, que não se ressentiu da alteração.

Geny Catamo: esteve sempre muito envolvido no ataque e criou inúmeros desequilíbrios no corredor direito. Quase marcou um golaço na segunda parte – com 1-0 no marcador – mas as intenções foram devolvidas pelo poste direito.

Bruno Varela: parece andar sempre naquele perigoso limbo entre o desastre e a genialidade. Neste sábado não foi exceção. Tanto transmite insegurança, como arranca grandes defesas. Não teve culpa em nenhum dos golos sofridos, mas podia ter sofrido um ou outro por responsabilidade própria. Ainda assim, foi talvez o melhor dos vimaranenses.