O presidente do Sporting, Frederico Varandas, afirmou nesta sexta-feira que o argentino Marcos Acuña «ainda pode sair» do clube de Alvalade, «se se chegar aos valores pretendidos».

«Se são 20 milhões? Podem ser 20 milhões, isso depois depende se é a pronto», disse o líder leonino em entrevista à RTP, que assumiu que já recusou uma proposta pelo esquerdino.

Questionado sobre se Acuña vai jogar com o Benfica, Varandas declarou que o internacional argentino «veio com problemas físicos de Braga», onde o Sporting venceu a Taça da Liga.

Refira-se que o treinador do Boca Juniors assumiu que o clube fez uma oferta por Acuña, que será também alvo do Zenit.

Sobre a importância que pode ter um encaixe de cerca de duas dezenas de milhões, Varandas garante que o Sporting está estável, e diz que o caminho tem de passar pela formação, deixando ainda críticas à política que foi imposta no clube nos últimos anos e que parece ter descurado essa vertente que sempre caracterizou o clube.

«O que está a acontecer é que estamos a pagar a política dos últimos cinco anos. Percebemos isso se virmos que há um gap visível entre os sub-16 e os sub-23. Uma diferença que faz com que a qualidade não seja a que estávamos habituados. Mas isso acontece devido a uma política que eu discordei nos últimos cinco anos. Mas foi a opção da direção.»

A mudança no capítulo da Academia vai refletir-se, aliás, em várias vertentes, uma das quais, vai passar pela entrada de Miguel Quaresma que, nas palavras de Varandas «vai começar a trabalhar tudo o que faz parte da Academia.»

Mas as mudanças vão ser também estruturais.

«Vamos construir mais cinco campos relvados. Vamos reformular a Academia. É preciso semear para colher. Até ao final da época vamos começar as obras», avançou.

[artigo originalmente publicado às 22h56 01-02-2019]