Paulinho, avançado do Sporting, assegura que ninguém fica mais chateado por ele não marcar que ele próprio. Em entrevista à Eleven Sports, o ponta de lança dos leões sublinha, porém, que perder o chateia mais do que não marcar.

«A maior pressão tem de ser a minha. Sempre fui assim, sou muito exigente comigo. Fico chateado por não marcar, mas fico muito mais chateado por perder. Nós estamos a mostrar que o mais importante é a equipa, mas claro que quero fazer sempre melhor», começou por dizer, antes de comentar a ‘seca’ de golos que atravessou.

«Eu ficava chateado por não marcar, mas nós ganhávamos e isso é o mais importante. O mister [Ruben Amorim] apoia-me, como apoia qualquer outro jogador. Apoia porque faço tudo pela equipa, faço tudo o que ele me pede. Porque se deixasse de correr pela equipa, ele não me ia apoiar», defende.

Paulinho falou ainda sobre a adaptação ao clube de Alvalade, ao qual chegou há um ano, enaltecendo a forma como foi recebido.

«Eu sempre joguei perto de casa, em Barcelos e Braga. Agora, estou a duas horas de Braga e o facto de ter tantos jogos faz com que não tenha tempo para viajar. O que sento mais falta é da minha família e amigos. Mas fui muito bem recebido por toda a gente e, sinceramente, não esperava que fosse assim. Depois, a exigência aqui é diária. O que fizeste no jogo passado não interessa nada. Mas isso é bom porque temos de estar sempre no limite. Porque lutamos por títulos», analisou.

O avançado falou também da chegada de Slimani ao Sporting no mercado de inverno, garantindo que a contratação do argelino é boa para a equipa e para ele próprio.

«Se jogo com companhia no ataque, cabe ao mister decidir, e eu não tenho razão para gostar ou não. Mas é um jogador que veio trazer qualidade e características diferentes das minhas. Isso é bom para nós e fica mais difícil para os adversários», começou por referir, acrescentando.

«Quando temos concorrência, isso faz-nos ser melhores, é sempre bom. Exige sempre mais de nós e obriga-nos a estar sempre a mil», nota.

Já sobre o confronto com o Manchester City, nos oitavos de final da Liga dos Campeões, Paulinho elogia o conjunto inglês, mas diz que o Sporting tem de se bater com os melhores.

«Somos o Sporting. Claro que o Man. City é candidato a ganhar a Champions, mas temos de ter ambição, ousadia e respeito por um clube que quer ganhar sempre. Saiu-nos a equipa mais forte do mundo, ou uma das mais fortes. Mas para sermos melhores, temos de jogar contra os melhores e é isso que vamos ter de fazer», enaltece.

Já sobre o confronto direto que vai travar com Rúben Dias, companheiro na seleção, o avançado só tem elogios.

«Ele foi eleito para o melhor onze do mundo. É um jogador incrível, tem evoluído de uma forma fantástica e já é um dos capitães do Manchester City, apesar da idade. Tenho a certeza que vai ser um dos pilares da nossa seleção e dos melhores do futebol europeu durante muitos anos», aponta.

O jogador de 29 anos foi ainda desafiado a indicar os jovens jogadores do Sporting que se irão destacar nos próximos tempos e, depois de elogiar Nuno Mendes e Gonaçalo Inácio, escolheu três jogadores que já se estrearam na equipa principal.

«O Nazinho, o [Gonçalo] Esteves, o Dário. São miúdos que têm aparecido porque tem trabalhado bem. Acho que o clube está a gerir muito bem a carreira dos miúdos e eles estão a saber esperar e lutar por mais oportunidades», finalizou.