Pablo Sarabia chegou no verão ao Sporting, com o estatuto de aterrar em Alvalade diretamente de uma equipa de galácticos com o Paris Saint-Germain. 38 jogos, 15 golos e oito assistências depois o internacional espanhol já conquistou toda a gente e os adeptos pedem a sua continuidade.

Ora, Ruben Amorim foi questionado sobre isso mesmo na conferência de imprensa de antevisão ao jogo frente ao Tondela, e admitiu que a permanência do avançado será difícil. Antes, no entanto, deixou rasgados elogios ao jogador, apesar de não o considerar a maior contratação do clube desde que o próprio técnico se senta no banco dos leões.

«Acima de tudo o Sarabia adaptou-se bem a uma realidade completamente diferente e a um espírito de equipa completamente diferente. Aqui a equipa é claramente a vedeta de tudo e é o centro de tudo. Na minha opinião, veio de uma realidade completamente diferente e adaptou-se bem ao que tinha de fazer, tem números fantásticos e cresceu muito taticamente e defensivamente. Vejo com agrado ter um jogador deste calibre, com uma grande humildade de adaptar-se a um estilo de equipa completamente diferente», começou por dizer.

«Mas não diria que era a maior contratação. Eu vejo o Pote jogar, o Ugarte, o Nuno Santos, o Tabata, o Matheus Reis a custo zero… Todos eles deram um contributo muito grande, cresceram muito e estamos a falar de um empréstimo. Tivemos contratações em que talvez daqui a uns anos – quando eu sair, porque não quero que vendam os jogadores enquanto eu estiver aqui – nos deem grande retorno financeiro. Não posso dizer que o Sarabia é a maior contratação, é uma grande contratação, isso sim, dá um grande contributo à nossa equipa. Não quero enumerar todas as contratações para não me esquecer de alguém, mas coloco todos no mesmo patamar. Se o ano passado fomos campeões e se este ano estamos na luta e já ganhamos títulos é porque todos deram um grande contributo», prosseguiu.

E é possível que Sarabia fique em Alvalade na próxima temporada? «É uma realidade muito clara para nós: temos um patamar, isso é o presidente que o diz, transmite ao Viana e o Viana transmite-me a mim. Temos um patamar que não vamos ultrapassar. Já aconteceu o ano passado com o João Mário. Isso é muito claro, nem consigo ter essa conversa. É um risco, não se cruza. Não sei o dia de amanhã, mas sabemos da realidade do mundo do futebol. O nosso é completamente diferente dos grandes clubes da Europa», defendeu.

«Portanto vejo com muita dificuldade. Vamos aproveitar ao máximo, e o que tiver de acontecer, acontecerá. Mas sem qualquer tipo de stress. Sabemos o momento do clube, e se tivermos de arranjar outras soluções é isso que vamos fazer. Muito satisfeito por ainda pelo menos seis jogos de campeonato e, espero, mais dois da Taça de Portugal para usufruir do talento do Sarabia. Depois logo se vê», completou.