Ruben Amorim, treinador do Sporting, em declarações aos jornalistas após o dérbi com o Benfica em Alvalade:

[Sobre Palhinha e Matheus Nunes]

«Falámos durante a semana. Esperámos saber se o Palhinha podia jogar ou não e começámos a preparar o jogo.

O Matheus, pelo comportamento que tem tido nos treinos e nos jogos, mereceu jogar. Obviamente que o Palhinha jogaria se estivesse apto. Não quer dizer que o Matheus ficasse no banco.

Não disse nada ao Palhinha porque ele entendeu. Ele próprio estava confuso. Como disse ontem, não foi para estágio. Apareceu na academia de repente. Sendo um jogador importante, pelo espírito de grupo, pela qualidade que tem e pelo que nos deu no fim do jogo forma como segurámos melhor o meio-campo, era importante ele estar no jogo, mas não era essencial estar de início porque preparámos o jogo de outra forma.»

[Sobre a aposta em Matheus Nunes e se acredita no destino?]

«Acredito que tática e técnica são importantes, mas o espírito de grupo é muito importante. Os jogadores são muito atentos e há pormenores que eles veem. Nunca iria dizer que não o trocaria e depois… Prefiro perder um jogo do que os meus jogadores. Não minto à minha mulher e não minto aos meus jogadores: é uma regra minha. Acredito que o espírito de grupo às vezes dá a volta às coisas. Tento ser correto com eles, como gostei de ser tratado muitas vezes e como eu não gostei de ser tratado enquanto jogador.»

[Mais sobre Matheus Nunes. O que pode ele dar de diferente em relação a Palhinha?]

«Matheus Nunes e Palhinha são completamente diferentes. Quando jogamos com três centrais não há tanto essa preocupação de ser claramente um seis ou o Matheus, que é mais um oito. São jogadores que nos dão coisas diferentes. O Matheus Nunes é muito forte a sair com a bola, é mais ofensivo. O Palhinha em termos de número seis é muito evoluído e muito experiente apesar de ter 25 anos. São jogadores diferentes que nos dão tudo os dois, principalmente, e depois depende do jogo.»