Ruben Amorim considera que Benfica, FC Porto e Sp. Braga lutaram pelo título e defende que quem vencer vai, com certeza, merecer o título, mas deixa o Sporting fora desta avaliação, em jeito de balanço, antes do último jogo da temporada, esta sexta-feira, frente ao Vizela.

«Quem merece ser campeão é quem for campeão. Quem não merece ser campeão este ano é o Sporting Clube de Portugal. O Sp. Braga fez por isso, o FC Porto fez por isso, o Benfica fez por isso. Nós tentámos fazer, demos o máximo, não foi por falta de esforço, foi falta de capacidade de sermos competitivos. Não vou dizer quem merecia ser campeão, quem não merece ser campeão este ano, de certeza, que é o Sporting», destacou o treinador em conferência de imprensa.

E o que falhou para os leões ficarem arredados da luta pelo título tão cedo?

«Foi um conjunto de coisas, a forma como o defeso acabou, pelo impacto que teve na equipa. Já falámos sobre isso, causou um grande dano na nossa equipa e na relação entre todos no Sporting. Já o assumi aqui. Demorámos algum tempo a acertar a nossa harmonia e isso sente-se nos jogadores e no dia-a-dia. Em certos momentos também acho que não tivemos sorte. Quando fomos campeões, toda a gente disse muitas vezes que fomos campeões porque tivemos a sorte. Acredito que este ano, em certos jogos em que dominámos claramente o jogo, não tivemos sorte em certos momentos. Fomos bastante inconsistentes. Não diria que houve um momento marcante ou uma razão, houve um conjunto de razões que nos levaram a este momento», destacou.

O treinador lamenta algumas situações, a começar pela saída de Matheus Nunes logo a abrir a época. «Arrependo-me várias vezes, às vezes acabo os jogos e arrependo-me. Não vou estar a dizer um momento, em todos os jogos que nós perdemos ou empatámos, arrependo-me de muita coisa. Quando se ganha, esquece-se, podia ter sido melhor. Houve muitos arrependimentos, diria talvez o primeiro porque fui o responsável: foi quando a saída do Matheus [Nunes], demorei muito tempo a centrar-me outra vez no essencial e andei ali umas semanas frustrado. Diria que esse é o maior arrependimento porque aquele momento, para mim, foi difícil lidar», referiu ainda.