4 de janeiro. Foi neste dia, mas em 2020, que Rúben Amorim fez a estreia na Liga. O técnico assumiu então o comando do Sporting de Braga, mas um ano depois lidera a Liga com o Sporting, clube que fez dele o treinador mais caro da história do futebol (e terceiro mais caro do mundo), ao recrutá-lo por dez milhões de euros.

A estreia na Liga foi o prenúncio para um ano de estreia em cheio na elite do futebol português. Recrutado à formação secundária para substituir Ricardo Sá Pinto, Rúben Amorim entrou em cena com uma goleada por 7-1 ao Belenenses, no Jamor.

O técnico venceu os sete primeiros jogos no banco dos «arsenalistas», cinco deles para a Liga. Pelo meio teve os dois duelos da «final four» da Taça da Liga, que ergueu a 25 de janeiro. Era apenas o quinto jogo como técnico do Sp. Braga.

Amorim esteve apenas dois meses a comandar os Guerreiros do Minho. Foram 10 vitórias em 13 jogos, com um empate e duas derrotas. Na Liga, em nove jornadas, venceu oito jogos e empatou apenas um: somou 25 pontos em 27 possíveis (aproveitamento pontual de 93 por cento).

A 5 de março foi anunciado como treinador do Sporting, sucedendo a Silas, antigo colega no Belenenses. Custou os tais dez milhões de euros, o que gerou desconfiança junto dos adeptos, ainda para mais tendo em conta o curto trajeto.

Também entrou a ganhar, frente ao Desportivo das Aves (2-0), mas no segundo jogo empatou na difícil visita a Guimarães (2-2).

A primeira derrota surgiu ao nono jogo, frente ao FC Porto, no Dragão (2-0). Seguiu o empate com o Vitória de Setúbal e a derrota com o Benfica, na Luz (2-1), que fez com que os leões terminassem a época na quarta posição.

A temporada 2020/21 começou com nova desilusão, o adeus à Liga Europa diante do LASK Linz, mas na Liga o Sporting embalou para a liderança que ocupa atualmente, sem qualquer derrota.

Um estatuto que dá sentido ao registo impressionante de Rúben Amorim no clube: em 28 jogos pelo Sporting, em todas as competições, o técnico conseguiu 20 vitórias, empatou cinco jogos e perdeu apenas três. Na Liga soma 16 vitórias em 23 jogos, empatou cinco e perdeu dois. Fez 53 pontos em 69 possíveis, portanto (aproveitamento pontual de 77 por cento).

Quer isto dizer que, no espaço de um ano, entre Sp. Braga e Sporting, Amorim disputou 32 jogos na Liga e venceu 24, aos quais se somam seis empates. Conquistou 78 pontos em 96 possíveis, o que dá um aproveitamento pontual de 81 por cento.

Como tempo de comparação, podemos olhar para Sérgio Conceição, que esteve todo este período ao serviço do FC Porto, clube com o qual conquistou o título 2019/20, e que está agora na segunda posição, ainda que à condição. Nas mesmas 32 jornadas da Liga que Amorim disputou na Liga, o técnico portista fez 75 pontos em 96 possíveis. Menos três portanto, o que dá um aproveitamento de 78 por cento.