O presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, disse nesta quinta-feira desconhecer que a PSP tenha emitido um parecer negativo à festa que se realizou junto ao estádio de Alvalade e reiterou que a autarquia «não tem nenhum poder de autorizar manifestações».

«Eu vi notícias das fontes associadas à polícia […] que induziram em erro notícias que alguns jornalistas publicaram, invocando que havia um parecer negativo contra essa organização. Se o há eu não o conheço. E se o há deve ser dirigido internamente à polícia ou ao Ministério da Administração Interna», disse Medina aos jornalistas, à margem da reinauguração das instalações do Supremo Tribunal de Justiça.

O autarca realçou que «a Câmara não tem nada a ver com a autorização da manifestação», acrescentando que o município cumpriu as suas competências legais.

«Eu não vou alimentar nenhum jogo de passa culpa sobre isto, mas agora também não aceito responder sobre competências que eu verdadeiramente não tenho», sublinhou.

Medina apontou ainda a dificuldade de um cenário de incógnita.

«Nós trabalhamos sempre num cenário muito difícil, que era o de saber que haveria sempre largos milhares de pessoas na rua e que, ou haveria algum tipo de enquadramento relativamente a essa utilização do espaço por parte das pessoas, ou nós iríamos ter um processo descontrolado na cidade, com uma concentração que seria total no Marquês de Pombal», continuou, apontando o cenário que defendia.

«Defendemos sempre, desde o início, a proposta que estava em cima da mesa de não se instalar um palco no Marquês de Pombal e de haver um autocarro que fizesse o Estádio José de Alvalade até ao Marquês de Pombal, ida e volta, isto é, trocar a concentração da praça do Marquês de Pombal por um espaço com 12 quilómetros, ida e volta, onde as pessoas pudessem estar distribuídas a ver a sua equipa, era uma situação que contribuiria para reduzir os ajuntamentos», finalizou.