O presidente do Sporting explicou nesta sexta-feira que o uso a dar aos cerca de 26 milhões de euros arrecadados com o novo empréstimo obrigacionista emitido terá como prioridade o pagamento de dívidas.

«Somos muito frontais, transparentes e diretos. Se há coisa que não gosto de ter numa casa é dívidas. A prioridade é pagar as dívidas que temos para trás. Dívidas a clubes, agentes e jogadores. Que se não forem pagas entramos em incumprimento de fair-play financeiro», afirmou Frederico Varandas em conferência de imprensa realizada nesta sexta-feira à noite no Estádio José Alvalade.

O dirigente dos leões colocou esta prioridade à frente do reforço do plantel do futebol profissional no mercado de janeiro, mesmo que não tenha descartado eventuais ajustes na próxima janela de transferências. «Admito comprar, admito vender. Hoje em dia é o que é. Quando o mercado abrir, analisaremos todas as situações. Falarmos agora disso é prematuro», limitou-se a acrescentar.

Frederico Varandas deu início à conferência com um discurso dirigido essencialmente aos subscritores de obrigações e alargou os agradecimentos aos funcionários do clube de Alvalade pelo trabalho realizado. Na história da Sporting Sad este foi o sexto empréstimo obrigacionista. Foi o empréstimo em que mais subscritores participaram e em que houve mais pessoas a participar com pouco e isso é para nós muito relevante. Foi de facto um esforço extraordinário o que foi feito. Foi um feito extraordinário que aconteceu.»

O presidente do Sporting lembrou ainda a urgência desta operação, que permitiu que a SAD leonina não entrasse, como disse, «em default» numa altura em que a CMVM já tinha comunicado a inevitabilidade deste cenário.

Francisco Salgado Zenha, administrador da SAD do Sporting, congratulou-se também com o sucesso da operação num curto espaço de tempo e aproveitou para condenar a ação do banco Montepio, considerando que esta instituição não cumpriu com o que tinha sido acordado: a emissão de um empréstimo intercalar.

(atualizado)