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Foi em privado, por assim dizer, Jorge Jesus e José Mota perspetivaram a final da Taça de Portugal entre o Sporting e o Desp. Aves.

Sem conferências de imprensa na véspera do encontro, foi apenas em conversa promovida pela Federação Portuguesa de Futebol que os técnicos anteciparam o jogo, com uma mensagem dirigida aos adeptos.

«Gostava que o Jamor estivesse praticamente todo pintado de verde. Que os adeptos pensem que amanhã vêm ao Jamor para ver o clube deles e se foquem na sua paixão. Não olhem para rivalidades: os rivais são o nosso adversário. Que comuniquem com a equipa como estamos habituados no nosso estádio para que os jogadores do Sporting se sintam mais seguros e fortes para fazer um excelente jogo», apelou o técnico dos leões.

José Mota pediu que os adeptos avenses ajudem a valorizar a festa e que apoiem incondicionalmente a equipa. «Que aproveitem ao máximo esta festa. (...) Que saibam usufruir deste espaço e proporcionem um dia de grande alegria e que durante o jogo tragam as gargantas afinadas para nos ajudarem a ultrapassar as dificuldades que vamos ter durante o jogo», disse.

Os técnicos não estão é de acordo quanto à existência de um favorito para a final deste domingo.

«Nas finais o favoritismo não conta. Uma final é uma final. Ambas as equipas podem ganhar, porque um jogo é um jogo e tudo pode acontecer», disse Jorge Jesus.

«Há sempre favoritos. Considero o Sporting favorito, mas estamos motivados. Sabemos as dificuldades que vamos encontrar. O Sporting é um clube com grande historial, com experiência, mas uma final são 90 ou 120 minutos em que temos de estar com níveis de concentração muito elevados, e quando começar o jogo não podemos olhar ao favoritismo do Sporting, nem à envolvência do jogo», afirmou José Mota.

Jorge Jesus espera um adversário «super motivado, com níveis emocionais muito fortes», e diz mesmo que o Desportivo das Aves «já ganhou um título muito importante para o clube ao chegar a esta final onde todos os treinadores e jogadores querem estar».

O treinador do Sporting vai estar nos bancos do Jamor pela quarta vez, mas garantiu que esta «não é mais uma final».

«É sempre um sonho para um jogador ou treinador. Eu tenho a particularidade de ter nascido aqui perto, na Amadora, e ainda nem sonhava ser jogador ou treinador e já vinha aqui a finais, com 14 ou 15 anos. Tem um simbolismo mais forte por isso», recordou.

José Mota já participou na final da Taça de Portugal como adepto, mas agora estreia-se como treinador. 

«Existe sempre algum nervosismo, embora já seja experiente, para saber dosear essas sensações», explicou o técnico de 54 anos, que ofereceu a Jorge Jesus uma placa, uma tshirt e um cachecol alusivos à estreia do Desportivo das Aves em finais da Taça.

Jorge Jesus, por seu lado, ofereceu uma camisola do Sporting ao colega de profissão. No caso a versão «Stromp», com uma inscrição alusiva à final da Taça, o que pode significar que seja essa que a formação leonina vai apresentar neste domingo.