O presidente do Sporting, Frederico Varandas, revelou nesta sexta-feira que já tinha Ruben Amorim debaixo de olho desde que o técnico iniciou o percurso como treinador, em 2018, então no Casa Pia.

«O Ruben Amorim era um jovem treinador no Casa Pia e já o tínhamos na lista para treinar os sub-23. Depois o Sp. Braga antecipou-se e contratou-o», começou por dizer, numa reportagem emitida pela SIC.

Varandas explicou depois como foi o processo de contratação do treinador ao Sp. Braga, e de como a primeira reunião pessoal com Amorim o deixou imediatamente convencido.

«Quando o conheci senti logo que era o treinador perfeito para o meu projeto no Sporting. Era alguém com a mesma linguagem, os mesmos valores e humildade».

«Depois, reunimos com o Sp. Braga e dissemos que íamos contratar. O presidente do Sp. Braga disse que só se faria pela cláusula de rescisão, foi uma reunião muito longa. Mas conseguimos e fiquei muito satisfeito porque sabíamos que ele era um treinador de grande e o Benfica, principalmente, teria a porta escancarada para ele», sublinhou.

«O Hugo Viana ainda me perguntou quando saímos da reunião: vamos fazer mesmo isto? A meinha resposta foi para ele não pensar nos 10 milhões. Perguntei-lhe: arranjamos melhor treinador ou líder do que ele? Não, por isso esquece os 10 milhões, ele é a pessoa certa», revelou ainda.

E também Ruben Amorim questionou a decisão do presidente do Sporting.

«O Amorim mandou-me uma mensagem de madrugada e perguntou: vai mesmo fazer isto? Toda a gente dizia que eramos loucos. Eu respondi-lhe que ia ser a noite mais tranquila desde que era presidente do Sporting. Vamos mostrar a todos que os três loucos [Varandas, Amorim e Hugo Viana] é que têm razão», disse.

Varandas explicou também que a aposta em Amorim o fez colocar o lugar à disposição do Conselho de Administração do Sporting.

«Foi a única vez que coloquei o lugar à disposição. Expliquei que compreendia que o Conselho de Administração não aceitasse que eu investisse 10 milhões num treinador, mas que eles também teriam de aceitar que eu não podia continuar a dar a cara pelo projeto», confessou.