A revista sérvia «Mozzart Sport» esteve em Portugal para entrevistar a vasta representação daquele país no Benfica, mas também atravessou a Segunda Circular para falar com Luka Stojanovic, o jovem médio que vai conquistando seu espaço na equipa B do Sporting.

Recrutado ao Partizan em 2012, aproveitando uma dívida do clube sérvio aos «leões», o jogador reconhece que os primeiros tempos foram difíceis. «Tive de passar por um período de adaptação e experiência. Era um estranho, um jovem de 18 anos num país diferente. Tens de dar o dobro para dar nas vistas, para provares que tens qualidade. Sabia o que estava à minha espera e estava psicologicamente preparado. Crescer no Partizan ajudou-me muito a lidar com a pressão, por causa da dimensão do clube, assim como os novos métodos de treino, a nutrição, a vida em geral. Fiquei separado da minha família, dos meus amigos», recorda.

Um ano e meio depois, sensivelmente, Stojanovic sente-se adaptado. «Tenho amigos na equipa, tenho uma boa relação com vários colegas. O meu contrato termina em 2017 e espero vestir a camisola da equipa principal muito em breve, para mostrar o motivo pelo qual me foram buscar», assume.

Nesta entrevista o jovem médio fala ainda do nível de exigência da Academia de Alcochete, contando que os «atrasos não são tolerados». «O treino é sagrado. No centro de treinos há um sensor para as impressões digitais, por isso sabem a que horas chegas. Desculpas não são aceites», diz.

Stojanovic fala também das visitas a escolas que os jogadores da equipa principal e da B fazem regularmente, e do respeito que deve estar associado a um jogador do Sporting, «que deve estar consciente do privilégio que é jogar pelo clube».

O sérvio lembra ainda que Ronaldo «é um símbolo do clube». «Segue a vida do Sporting e presta-lhe homenagem sempre que pode. Cada sucesso dele é celebrado como se ainda fosse do Sporting», conta o jogador, que também falou da ligação de Luís Figo aos «leões».

Colega de Lazar Markovic na formação do Partizan, Stojanovic assume que é curioso estar agora a jogar na mesma cidade que o amigo, mas em clubes rivais: «A vida é imprevisível. Quem diria que agora estaríamos ambos em Lisboa, eu no Sporting e ele no Benfica?»

E como quer chegar à equipa principal leonina muito em breve, Stojanovic anseia também pela oportunidade para encontrar-se em campo com o amigo: «Por que não? Espero ter essa oportunidade na próxima época».