Portugal entrou na fase de grupos do Europeu de sub-17 com uma vitória clara e expressiva sobre a Escócia esta terça-feira. Foi mesmo de mão cheia, com cinco golos para contar a história de uma goleada por 5-1 ante os escoceses, em Israel.

Uma entrada decidida em jogo permitiu a Portugal chegar à vantagem aos oito minutos e ir para o descanso com um sólido 3-0, perante um adversário que, verdadeiramente, só melhorou após o intervalo, quando reajustou estrategicamente ao passar de uma linha de três centrais para uma de quatro defesas.

Coeso a defender, praticamente sem dar espaços a Moore, Wilson ou O’Donnell, Portugal foi, em paralelo, capaz de encontrar espaços com frequência junto da área dos comandados de Brian Mclaughlin. Ivan Lima, extremo de 17 anos do Benfica, estava endiabrado quanto-baste e desfez o nulo na sobra a um remate acrobático de Dinis Rodrigues, na sequência de uma incursão de Leonardo Barroso, muito ativo no apoio pelo flanco esquerdo.

O 2-0 não demorou e foi apontado por Dinis Rodrigues, avançado do Sporting de Braga que já tinha ameaçado após uma combinação com Afonso Moreira e dobrou mesmo a vantagem ao minuto 26, numa finalização de categoria, com o pé esquerdo, após um cruzamento de Ivan Lima, que passou aqui de homem-golo a homem de serviço.

Antes do descanso, o terceiro golo. Um castigo máximo que foi um sério castigo para uma Escócia que, apesar de pouco ofensiva – por mérito de Portugal – ia fazendo pela vida. Kingdon teve o azar de aliviar a bola com o pé esquerdo contra o braço direito após um cruzamento de Afonso Moreira e, da marca dos 11 metros, João Veloso, médio do Benfica, não desperdiçou.

A Escócia operou duas mudanças ao intervalo, conseguiu maior equilíbrio defensivo com a alteração posicional desde trás e, embora tenha sido Portugal a tentar o quarto golo por João Veloso, Dinis Rodrigues e Essugo, foi uma boa aparição de Mackenzie pela esquerda a valer o único tento aos escoceses (62m), num remate bem colocado ao primeiro poste a bater Diogo Fernandes, que pouco trabalho de alta exigência teve durante o jogo.

As substituições a seguir operadas por Rui Bento, que substituiu o selecionador José Lima devido à covid-19, fizeram efeito imediato. Manuel Mendonça e Rodrigo Ribeiro, jogadores do Sporting, assistiram e marcaram, respetivamente, para o 1-5 final no marcador.

Aos 69 minutos, após um canto a favor da Escócia, Manuel Mendonça aliviou com critério para lançar Afonso Moreira que, isolado desde o meio-campo defensivo, correu para a baliza, batendo o guardião Pazikas. Quatro minutos depois, na primeira vez que tocou na bola e ao fim de dois minutos em campo, Rodrigo Ribeiro recebeu um passe de João Conceição e, à saída de Pazikas, picou a bola para uma entrada de pé direito e de mão cheia no Europeu de uma categoria que Portugal já venceu em 2003 e 2016.

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Jogo no Lod Municipal, Israel.

Árbitro: Tom Owen (País de Gales).

Ao intervalo: 0-3.

ESCÓCIA: Pazikas; Kingdon, Mackenzie (Cooper, 81’), Allen, Mcarthur; Rice (Miller, 46’), Jackson, Reid, Moore (Macleod, 77’), Wilson (Lobban, 77’), O’Donnell (Laidlaw, 46’). Selecionador: Brian Mclaughlin.

PORTUGAL: Diogo Fernandes; João Conceição, João Muniz, Diogo Monteiro, Leonardo Barroso; João Veloso (Manuel Mendonça, 63’), Dário Essugo, Ussumane Djaló (João Vasconcelos, 71’); Afonso Moreira (Tiago Andrade, 81’), Ivan Lima (Rodrigo Ribeiro, 71’); José Rodrigues (Vivaldo Semedo, 63’). Selecionador: Rui Bento.

Disciplina – cartões amarelos: Mcarthur, 45+1’, Ussumane Djaló, 68’, Allen, 72’, Moore, 78’, Kingdon, 86’, Miller, 88’, Essugo, 90+2’.

Golos: Ivan Lima, 8’; José Rodrigues, 26’; João Veloso, 37’ (g.p.), Mackenzie, 62’, Afonso Moreira, 69’, Rodrigo Ribeiro, 73’.