Portugal venceu a Inglaterra por 2-0 no segundo jogo da fase de grupos do campeonato da Europa e, com este resultado, fica a apenas um curto passo de garantir a qualificação para a fase a eliminar. Portugal precisa apenas de um empate diante da Suíça, na última ronda, para garantir o primeiro lugar, mas pode até seguir em frente com uma derrota. Este domingo, depois de um nulo na primeira parte, Rui Jorge voltou a abanar o jogo a partir do banco e Portugal marcou dois golos.

Rui Jorge fez apenas duas alterações cirúrgicas no ataque, em relação ao triunfo sobre a Croácia, promovendo os dois jogadores que estiveram na origem do golo no primeiro jogo, Fábio Vieira e Dany da Mota, em detrimento de Trincão e Tiago Tomás. A Inglaterra, por seu lado, perdeu a estrela da equipa, Hudson-Odoi, depois do avançado do Chelsea se ter lesionado, e entrou em campo com os irmãos Sessègnon.

Um jogo que começou com um forte equilíbrio, com as duas equipas a apresentarem-se com esquemas idênticos, com as mesmas diretrizes em termos defensivos, que passavam essencialmente por não permitir que o adversário explorasse o jogo interior. A grande diferença, no primeiro tempo, esteve nos movimentos ofensivos, com Portugal a conseguir criar situações de finalização, ao contrário da Inglaterra que sentiu mais dificuldades para encontrar espaços nos domínio dos Diogos (Costa, Dalot, Querós e Leite).

Fábio Vieira jogou com total liberdade no ataque, ora nas costas de Dany da Mota e Pedro Gonçalves, mas também a descair para uma das alas, à procura de desequilíbrios. Logo a abrir o jogo, Dany da Mota teve uma oportunidade soberana para abrir o marcador, com uma cabeçada a cruzamento bem medido de Thierry Correia, mas Godfrey salvou sobre a linha, já com o guarda-redes Ramsdale batido.

As duas equipas saíam a jogar da mesma forma, construindo primeiro atrás, antes de procurar desequilíbrios na frente e Portugal continuou a ter um melhor desempenho nesta segunda fase, com Thierry Correia e Dalot a explorarem bem os corredores. O lateral do Valencia esteve na origem de nova oportunidade para Portugal, com um remate de longe que obrigou Ramsdale a aplicar-se, com Dany da Mota a ter nova oportunidade na recarga.

Mas a verdade é que o centro do terreno estava muito congestionado e Portugal não conseguia impor definitivamente o seu jogo. Rui Jorge terá feito a mesma leitura porque, ao intervalo, deixou Daniel Bragança e Francisco Trincão a aquecer no relvado. Era preciso mais jogo entrelinhas para desmontar a coesão da defesa inglesa e os dois jogadores encaixavam bem nessa pretensão.

O segundo tempo começou da mesma forma, com um forte equilíbrio, muita luta na zona central, mas Portugal a conseguir mais situações de perigo junto da baliza de Ramsdale. Depois de tentativas de meia distância de Fábio Vieira e de Vitinha, Portugal acabou por chegar ao golo numa transição rápida. Passe longo de Diogo Queirós a permitir a Portugal chegar à área inglesa com uma vantagem de cinco para quatro, com Pedro Gonçalves, na condução da bola, a abrir na esquerda para o remate cruzado de Dany da Mota. A bola ainda bateu no segundo poste, mas acabou por entrar. Portugal dava, nesta altura, um passe firme em direção à qualificação para a próxima fase.

Se havia dúvidas, dez minutos depois, novo golo para Portugal. Gonçalo Ramos, que tinha acabado de entrar, foi pisado por Tanganga na área e, na conversão do respetivo penálti, Trincão atirou forte e colocado, sem hipóteses para Ramsdale. O mais difícil estava feito e, depois, Rui Jorge, foi adaptando a equipa para o controlo do jogo, promovendo ainda a estreia de Filipe Soares.

Portugal soma assim o máximo de seis pontos e fica a um curto passo de garantir a qualificação para a próxima fase. Um empate com a Suíça chega para garantir o primeiro lugar, mas Portugal até pode seguir em frente sem vencer os helvéticos, caso a Croácia não consiga bater a Inglaterra na última ronda.