Quando Robert Enke faleceu, em novembro de 2009, Joachim Löw escolheu René Adler como novo dono da baliza alemã. A titularidade no Mundial2010 teria sido sua, se uma lesão não o tivesse afastado da prova. Seguiram-se alguns anos de ausência, mas Adler regressou à «mannschaft» esta semana. Poucos dias depois de se ter assinalado o 3º aniversário da morte de Enke revelou que também ele esteve perto de cair na depressão.
«Havia muitas semelhanças entre eu e o Enke. Éramos ambos muito sensíveis e odiávamos a pressão que tínhamos sobre nós. Por isso fiquei assustado com a possibilidade de seguir uma trajetória idêntica. Sofri várias lesões e tinha muita pressão sobre mim. Nunca me sentia totalmente confortável, e isso afetava a minha cabeça», revelou ao jornal «Stern».
Adler chegou ao Leverkusen com apenas 15 anos, e lá ficou até aos 27. Durante muito tempo foi o guarda-redes titular, e uma das principais figuras da equipa, mas na última época, condicionado por problemas físicos, perdeu o lugar para o jovem Bernd Leno. Terminado o contrato no último verão, rumou ao Hamburgo, onde recuperou a boa forma e também o lugar na seleção. Para trás ficam momentos difíceis, que requereram mudanças na vida diária. «A minha vida costumava estar muito centrada no futebol. Percebi que isso não era bom, e até contraproducente. Aprendi a separar o trabalho do lazer, o que me beneficiou», explicou Adler.