Podia escrever diversos parágrafos sobre os processos sumaríssimos, mas sinceramente o assunto tem pouco de novo e por isso limito-me a dizer que a minha posição mantém-se: acharei sempre preferível que se punam alguns, mesmo se a maioria conseguir escapar.
De resto, os três casos da sexta jornada parecem-me inequívocos: tivemos uma agressão cobarde, um acto absurdo de falta de educação e uma entrada violenta que poderia ter acabado com a época de um adversário. Os árbitros nada viram, o que se lamenta, os adeptos não puderam deixar de ver porque as televisões mostraram. É justo que os agressores sejam punidos. Mesmo se muitas vezes as câmaras estão apontadas para outro lado. Tiveram azar e mereceram-no.
A parte incómoda disto tudo, e para a qual já não existe paciência, é nunca compreendermos os critérios da Comissão Disciplinar da Liga.
Claro que os seus membros poderão sempre alegar que se limitam a seguir os regulamentos, mas a história diz-nos que não é assim tão simples. Pelo contrário, parecem ignorar a regra número um, a do bom senso. E por isso insistem em nada explicitar, uma forma de estar que prejudica o futebol e que não me parece exagerado confundir com a certeza dos que acham que nunca têm dúvidas e por isso está colocada de lado a possibilidade de algum dia se enganarem, quanto mais prestarem explicações.
P.S. : Não ficava mal a Medeiros, Sergipano e Petit pedirem desculpas. Sempre era uma forma de recuperarem o respeito.