A Comissão de Arbitragem (CA) da Liga de Clubes promoveu nesta terça-feira um encontro com os jornalistas para explicar as principais alterações às leis do jogo, que já estão em vigor mas que serão mais visíveis a partir de sexta-feira, data em que se inicia a Superliga 2005/06. Luís Guilherme, presidente do CA, admitiu que as alterações «possam causar alguma confusão nas primeiras jornadas», mas acredita que com o passar do tempo elas serão apreendidas na sua totalidade.

As alterações às leis de jogo foram introduzidas por determinação do International Board da FIFA e por iniciativa da Liga e versam sobre vários aspectos do jogo. O Maisfutebol vai dar-lhe a conhecer algumas das principais alterações.
O uso de jóias (brincos, pulseiras, anéis ou fios) pelos atletas é proibido, mesmo que estas estejam cobertas com adesivos. Se o árbitro vir um jogador com um destes adereços, terá de o obrigar a sair para que os mesmos sejam retirados.
Outra alteração diz respeito aos lançamentos na linha lateral: o adversário tem de estar a pelo menos dois metros do jogador que lança a bola. O aquecimento de suplentes também tem novas regras. Só podem aquecer três jogadores de cada vez e, nos estádios que tenham condições para isso, os exercícios devem ser feitos na zona atrás do árbitro assistente número 1, ou seja, junto aos bancos. Nos recintos onde tal seja impossível, continuará a ser usada a zona atrás da baliza da respectiva equipa.
Nas substituições feitas ao intervalo, o jogador terá de aguardar junto ao quarto árbitro antes de entrar, para que todos possam ver quem sai e quem entra na partida. Se um suplente entrar em campo no decorrer da partida, deixa de haver bola ao solo e terá lugar a marcação de um livre indirecto no local onde a bola se encontrava quando a partida foi interrompida. Os árbitros terão sempre de mostrar de forma visível cartões amarelos ou vermelhos enquanto se encontrarem no relvado; ou seja, mesmo que haja confusão no terreno de jogo, não basta dizer ao jogador que ele foi punido com um cartão.
O acto de tirar a camisola nos festejos de um golo continua a ser proibido quer ao autor do golo, quer aos colegas de equipa. O máximo que o atleta pode fazer é levantar a camisola até ao pescoço.
Nos lances de grande penalidade, e caso um colega do executante penetra na área de grande penalidade e se colocar à frente da marca de grande penalidade ou se aproxima a menos de 9,15 m da bola, o árbitro deve proceder da seguinte forma: deixa executar o pontapé; se e a bola entra na baliza, o pontapé de grande penalidade será repetido. Se a bola não entra na baliza, o árbitro interrompe o jogo e recomeça-o com um livre indirecto a favor da equipa que defende. Se a bola, após ressaltar no guarda-redes, num dos postes ou na barra transversal for tocado por esse jogador; o árbitro interromperá o jogo e mandará recomeçá-lo com um pontapé livre indirecto a favor da equipa adversária.