O comissário europeu Margaritis Schinas afirmou esta segunda-feira que a União Europeia deve defender «um modelo europeu de desporto baseado na diversidade e na inclusão», opondo-se ao projeto de criação de uma Superliga europeia anunciada por 12 clubes.

«Devemos defender um modelo europeu de desporto baseado em valores, baseado na diversidade e na inclusão», lê-se numa mensagem publicada na conta oficial da rede social Twitter de Margaritis Schinas.

 

O comissário com a pasta da Promoção do Modo de Vida Europeu reagia assim ao projeto de criação de uma Superliga europeia, feito no domingo por 12 dos principais clubes de Espanha, Inglaterra e Itália, que pretendem desenvolver uma competição de elite, concorrente da Liga dos Campeões, e em oposição à UEFA.

Sublinhando que «não há margem» para que o modelo europeu de desporto «seja reservado aos poucos clubes ricos e poderosos», Schinas diz também que estes clubes «querem cortar as ligações com tudo aquilo que as associações representam», referindo-se às «ligas nacionais [de futebol], promoções e despromoções, e apoio ao futebol amador».

«A universalidade, a inclusão e a diversidade são elementos cruciais no desporto europeu e no nosso modo de vida europeu», aponta o responsável.

O comunicado dos 12 clubes surge no mesmo dia em que a UEFA reafirmou que excluirá os clubes que integrem uma eventual Superliga europeia de futebol, e que tomará «todas as medidas necessárias, a nível judicial e desportivo» para inviabilizar a criação de um «projeto cínico».

Na luta contra a pretensão de alguns dos mais poderosos clubes da Europa, a UEFA disse contar com o apoio das federações de Inglaterra, Espanha e Itália, bem como das ligas de futebol destes três países.