O comissário europeu Margaritis Schinas afirmou esta segunda-feira que a União Europeia deve defender «um modelo europeu de desporto baseado na diversidade e na inclusão», opondo-se ao projeto de criação de uma Superliga europeia anunciada por 12 clubes.
«Devemos defender um modelo europeu de desporto baseado em valores, baseado na diversidade e na inclusão», lê-se numa mensagem publicada na conta oficial da rede social Twitter de Margaritis Schinas.
(1/2) We must defend a values-driven European model of sport based on diversity and inclusion. There is no scope for reserving it for the few rich and powerful clubs who want to severe links with everything associations stand for:
— Margaritis Schinas (@MargSchinas) April 18, 2021
2/2)...national leagues, promotion and relegation and support to grassroots amateur football. Universality, inclusion and diversity are key elements of European sport and of our European way of life.
— Margaritis Schinas (@MargSchinas) April 18, 2021
O comissário com a pasta da Promoção do Modo de Vida Europeu reagia assim ao projeto de criação de uma Superliga europeia, feito no domingo por 12 dos principais clubes de Espanha, Inglaterra e Itália, que pretendem desenvolver uma competição de elite, concorrente da Liga dos Campeões, e em oposição à UEFA.
Sublinhando que «não há margem» para que o modelo europeu de desporto «seja reservado aos poucos clubes ricos e poderosos», Schinas diz também que estes clubes «querem cortar as ligações com tudo aquilo que as associações representam», referindo-se às «ligas nacionais [de futebol], promoções e despromoções, e apoio ao futebol amador».
«A universalidade, a inclusão e a diversidade são elementos cruciais no desporto europeu e no nosso modo de vida europeu», aponta o responsável.
O comunicado dos 12 clubes surge no mesmo dia em que a UEFA reafirmou que excluirá os clubes que integrem uma eventual Superliga europeia de futebol, e que tomará «todas as medidas necessárias, a nível judicial e desportivo» para inviabilizar a criação de um «projeto cínico».
Na luta contra a pretensão de alguns dos mais poderosos clubes da Europa, a UEFA disse contar com o apoio das federações de Inglaterra, Espanha e Itália, bem como das ligas de futebol destes três países.