As 55 federações-membro e participantes no Congresso da UEFA condenaram hoje a criação da Superliga de futebol, reiterando-se defensores da modalidade no continente, ao contrário dos «clubes conspiradores».

«A UEFA, as suas federações-membro e todos aqueles que amam o futebol estão firmes e irão resistir fortemente e lutar contra esta medida dos proprietários destes clubes e dos seus apoiantes, tanto quanto possível. Sabemos, moralmente, o que está em jogo e protegeremos o futebol de um grupo de egoístas que não se importa com o jogo. Somos o futebol europeu. Eles não são», lê-se na declaração do congresso do organismo que rege a modalidade na Europa.

Na mesma declaração do Congresso da UEFA, as federações-membro denunciam o aproveitamento dos principais clubes de Inglaterra, Itália e Espanha, ao esquecerem o legado conquistado através das provas europeias.

«Os clubes conspiradores obviamente falharam ao verem que o seu status atual não foi alcançado isoladamente, mas sim como parte de um sistema europeu dinâmico onde clubes grandes, médios e pequenos contribuíram para o sucesso e perdas de todos. É uma afronta aos valores europeus e ao mérito desportivo para estes clubes assumirem o direito de se ‘separar’ e reivindicar o legado que todos construíram», rematou o Congresso da UEFA.

A UEFA anunciou que vai excluir todos os clubes que integrem a Superliga, assegurando contar com o apoio das federações de Inglaterra, Espanha e Itália, bem como das ligas de futebol destes três países.

Entretanto, o organismo que rege o futebol europeu anunciou o alargamento da Liga dos Campeões de 32 para 36 clubes, a partir de 2024/25, numa liga única.